Erramos

Publicado em Deixe um comentárioErramos, Geral

“Dona Alaíde, a mãe de Agnelo, diz que o filho ainda não a comunicou se vai disputar a reeleição”, escrevemos na pág. 25. Ops! Pisamos a regência. A gente comunica alguma coisa a alguém. A quem? No caso, à mãe. O pronome átono que funciona como objeto indireto é lhe. Melhor devolver-lhe o trono: Dona Alaíde, a mãe de Agnelo, diz que o filho ainda […]

Xô, vândalos

Publicado em Deixe um comentárioGeral

Os bobões que depredaram patrimônio público foram chamados de vândalos. Com razão. Vandalus é o nome da tribo germânica que saqueou Roma há muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiito tempo. Faz 2.468 anos. Eles atribuíram a si mesmos o nome Wandal, que quer dizer errante. Nós associamos a denominação a depredações sem sentido. Por quê? Porque os vândalos declararam guerra aos monumentos da cidade. Resultado: a falta de nariz das […]

Quebra-quebra

Publicado em Deixe um comentárioGeral

Que bobos! Criaturas sem limites vão às ruas promover estragos. Os cariocas tiveram de carregar o peso da ignorância. Amargaram imagem pra lá de deslocada. Meia dúzia de tolos invadiram o prédio do Legislativo e promoveram quebra-quebra das instalações. Foi cena de bangue-bangue. O fato, além de revoltar a maioria pacifista, levantou questão de português. Qual o plural das duplinhas? Eis as respostas: quebra-quebras e bangue-bangues. […]

Por que não?

Publicado em Deixe um comentárioGeral

Tra-í-do tem acento. Tra-i-ção dispensa o agudo. Por quê? Na separação das sílabas, ambas as palavras parecem subordinadas à mesma regra. O i é antecedido de vogal, forma sílaba sozinho (pode ser com s) e não é seguido de nh. É o caso de sa-í-da, ca-í-da, e-go-ís-ta.   Traição e saidão deixam de preencher o último requisito. Pra ganhar o grampinho, o i precisa ser […]

Erramos

Publicado em Deixe um comentárioErramos, Geral

“Por volta de 23h, cerca de 100 pessoas conseguiram invadir o prédio”, escrevemos na pág. 3. Viu? Esquecemos pormenor pra lá de importante. A indicação de horas não sobrevive solitária. Precisa sempre, sempre mesmo, da companhia do artigo. Assim: Por volta das 23h, cerca de 100 pessoas conseguiram invadir o prédio.

Traição tem preço

Publicado em Deixe um comentárioGeral

Que medão! Traiu? Prepare-se. No novo Brasil, há a ameaça do efeito dominó. O povo pode exigir o mandato de volta. Chegar lá, exige um cuidado. Não confundir mandato com mandado. Mandato é representação. O eleitor escolhe o candidato para representá-lo. Em bom português: para fazer as vezes dele. Senador, deputado, presidente, governador, prefeito e vereador têm mandato. Mandado joga em outro time. Vem de mando, ordem. […]

Quem é mesmo que manda?

Publicado em Deixe um comentárioGeral

“Todo poder emana do povo”, diz a Constituição. Povo? Que povo? Alguns o chamam de povinho. Outros, de zé-ninguém. Massa serve. Povão também. Na França foi denominado de terceiro estado — tudo que não era clero nem nobreza. Aqui, ganhou outras especificações. “Apenas um detalhe”, rotulou-o Zélia Cardoso de Mello. “É o dono da Praça Castro Alves”, cantou Caetano. “É o porta-voz do Senhor”, afirmam […]

Cochilos da revisão 1

Publicado em Deixe um comentárioGeral

Flatônio José da Silva No título “Embaixada celebra Vinicius de Moraes” (Cidades, p. 22, 17/6), saiu este texto:   “Fui numa época em que a presença brasileira lá ainda era muito insipiente“. Corrigindo: incipiente. Explicação Trata-se de palavras parônimas (parecidas, na escrita e na pronúncia, mas de significado diferente e que às vezes dão margem a confusão): Incipiente = iniciante, principiante: Ninguém o culpou porque […]

Falou e disse

Publicado em Deixe um comentárioGeral

“Primeira fase: o poeta imita modelos célebres. Úlma fase: o poeta imita-se a si mesmo. Naquela, ainda não conquistou a originalidade; nesta, já a perdeu. Não há mais triste elogio que `Não é preciso assinatura, isto é de X`. Esplêndido seria que só se descobrisse que é X pela assinatura.” (Carlos Drummond de Andrade)  

Mexeu com minha mulher … (3)

Publicado em Deixe um comentárioGeral

Caixa se escreve com x. A razão: se depois de ditongo soa xis, a letra x pede passagem: baixa, queixa, paixão, peixe, feixe, faixa, caixão. Olho vivo. O en às vezes soa ein. Ditongo, joga no time do x. Assim: enxergar, enxoval, enxaguar, enxuto, enxofre, enxada, enxurrada, enxerto, enxugar, enxame. Atenção, marinheiros de poucas viagens. O primeiro mandamento da grafia é o respeito à família. Se […]