“O Cirque du Soleil teve o primeiro acidente fatal em 29 anos de existência”, escreveu a revista na pág. 44. Viva! Fatal quer dizer “que mata”. O acidente rouba vidas. É fatal. Dizer “vítima fatal”? Valha-nos, Deus. A pobre vítima perde a vida. Em bom português: paga a conta com a moeda mais preciosa de que dispõe.
“Quando a linguagem não está de acordo com a verdade das coisas, nada chega a bom termo.”
A Superinteressante não engana. Traz matérias superinteressantes. A mais recente tem esta chamada de capa: “Como lidar com a tristeza”. As respostas estão ali mesmo. Basta abrir uma janelinha e receber os conselhos. São sete. Ei-los: 1. Tome sol e faça exercício. 2. Acredite no tratamento. Metade dos pacientes é curada pelo efeito placebo. 3. Dividir a vida com alguém reduz a tristeza. 4. Respeite seu […]
“E, não havendo condições temporais para fazer a consulta, qualquer reforma que venha, só se aplicará para as próximas eleições (2016)”, escrevemos na pág. 2. Ops! A vírgula separou o sujeito do verbo. É frasecídio. Melhor ressuscitar o período. Assim: E, não havendo condições temporais para fazer a consulta, qualquer reforma que venha só se aplicará para as próximas eleições (2016).
Ouvidor geral tem hífen? (Abílio de Cruz) A reforma ortográfica simplificou o emprego do geral. Manda que, nas duplinhas, ele seja acompanhado do hífen. É o caso de secretário-geral, ouvidor-geral, diretoria-geral. Na língua como na vida, respeita-se a lei. Se algum órgão nasceu solto e livre, solto e livre ficará. Em português claro: se o documento que criou o órgão ou o cargo (portaria, decreto, […]
“…ontem foi a vez do Senado atropelar o Executivo”, escrevemos na pág. 2. Lembra-se da alergia do sujeito? Ele não pode se encostar na preposição. Daí por que se separam as combinações que antecedem o mandachuva. Assim: … ontem foi a vez de o Senado atropelar o Executivo.
O céu está em festa. Desde quarta, as luzes não se apagam. Sons de gargalhadas, vozes e brindes se espalham paraíso afora. A expectativa começou uma semana antes. Informação de corredor dizia que Jorge Ferreira estava a caminho. Antes, porém, tinha de completar a passagem pela Terra. Findo o compromisso, Jorjão voltou pra casa. Vinicius o recebeu com o copo de uísque na mão. Antônio […]
Viu? Profissionais sabem das coisas. No céu e na Terra, eles se sentam à mesa. Põem pratos, talheres, comidas e bebidas na mesa.
Os inquilinos de Deus tomam assento à mesa. Iluminados pela luz divina, não fazem confusão. Distinguem com clareza as homófonas assento e acento. Com ss, a palavra se refere a sentar. É o lugar onde se senta (assento do avião, falta de assentos nas salas de espera, tomar assento). Com c, trata do sinal gráfico — acento agudo (´), acento grave (`), acento circunflexo (^).
DAD SQUARISI // dadsquarisi.df@dabr.com.br Há fatos que destoam de Brasília. Não combinam, como diz o povo em bom português. Moderna, aberta, exibida nas retas, curvas e arcos, a capital nasceu para escancarar portas da vanguarda. Os ventos que daqui soprassem contagiariam as demais unidades da Federação. Legislativo, Executivo e Judiciário dariam exemplos aos quais ninguém resistiria. Mas não foi bem assim. A realidade cassou o […]