Com ou sem?

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Alto e bom som? Em alto e bom som? A dúvida roubou a paz do maranhense Arthur Quirino da Silva Neto. Que tal recuperá-la? A expressão, Arthur, dispensa o em: O presidente anunciou a renúncia alto e bom som. O locutor proclamou os vencedores alto e bom som. O delegado disse, alto e bom som, o que pensa do episódio.

Leitor pergunta 2

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A língua cultiva a preguiça. Menor esforço é com ela mesma. Daí a tendência a reduções. O falante poupa sílabas sem cerimônia. Em vez de apartamento, diz ap. Em lugar de refrigerante, refri. Ônibus é busão. Professor, profa. Deprimido, deprê. Computador, PC. Celular, cel. Faculdade, facul. Rodoviária, rodô. Internet, net. Siglas e abreviaturas abrilhantam a festa. Acho estranho, por isso, o uso do aonde em […]

Erramos

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“Apesar de polêmicas, as mudanças integram a chamada agenda positiva do parlamento, assim como as alterações que serão feitas na Cota para o Exercício de Atividade Parlamentar, o chamado “Cotão”, escrevemos na pág. 5. Virgem Maria! O modismo fez a festa. Melhor mandar o chamado plantar batata. Com ele, as aspas. Assim: … as mudanças integram a agenda positiva do parlamento, assim como as alterações […]

Tudo e todos

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O crack criou asas e voou. Saiu das cracolândias e se espalhou cidades afora. Não satisfeito, chegou ao campo. O Brasil urbano e o Brasil rural afundam no mar de pedras e fumaça. Poucos escapam. Adultos, adolescentes e crianças mergulham sem esperança de volta. A extensão dos dependentes é tal que muitos a chamam de pandemia. “O que é isso?”, perguntam leitores curiosos. A palavra […]

Erramos

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“TCDF investiga a denúncia de que a empresa da família do coordenador do Sistema de Museus do GDF teria recebido dinheiro público sem passar por licitação. Ele nega o suposto favorecimento”, escrevemos na pág. 21. Reparou no excesso de zelo? O “teria recebido” diz que não confirmamos o recebimento. Logo, o “suposto” sobra. Melhor: … empresa da família do coordenador do Sistema de Museus do […]

É senhor paradoxo 1

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Paradoxo? É figura de linguagem. Significa contrassenso, absurdo, disparate. Em bom português: é o contrário do que consideramos lógico, verdade. Artistas adoram o recurso. Com talento e criatividade, Camões brilhou: “Amor é fogo que arde sem se ver; / É ferida que dói e não se sente; / É um contentamento descontente; / É dor que desatina sem doer”. Drummond foi atrás: “Estou cego e […]

É pronominal, gente

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Atenção, gente fina. A tragédia da banda Charlie Brown Jr. trouxe às manchetes o verbo suicidar-se. Há seis meses, Chorão se matou. Esta semana, Champignon lhe seguiu o exemplo. Que pena! Ao noticiar o fato, uma regra se impôs. Suicidar-se é sempre, sempre mesmo, pronominal: eu me suicido, ele se suicida, nós nos suicidamos, eles se suicidam.