Xô, intolerância (5)

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Prêmio Quer ganhar um bombom Godiva? Então vamos lá. Corrija os dois mostrengos que aparecem a seguir. Como? Dê passagem ao cujo: 1. A mulher que o filho viajou vai se mudar daqui. 2. O Rio de Janeiro, que o réveillon atrai milhares de pessoas, se prepara pra receber os turistas. Gramas a mais 1. A mulher cujo filho viajou vai se mudar daqui. 2. O […]

Xô, intolerância (4)

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Terceiro requisito Dê atenção ao recado. O cujo, como todo relativo, junta duas frases. No caso, uma indica posse. Ao convocá-lo, evita-se a repetição de palavras. Oba! O enunciado fica chique como pérolas negras. Aprecie: Joaquim Barbosa recebeu aplausos da população. A atuação de Joaquim Barbosa (dele) mereceu destaque internacional. Feio, não? Joaquim Barbosa em dose dupla ninguém aguenta. A repetição torna a frase pobre […]

Xô, intolerância (3)

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Segundo requisito Deixe o artigo pra lá. Nunca escreva cujo o, cuja a, cujos os, cujas as. Nunca mesmo. A dupla pega mal como bater em mulher, andar sem cinto de segurança ou jogar lixo na rua. Veja um exemplo: Os fluminenses, cujo o time escapou da desclassificação, comemoraram a vitória envergonhada. Xô, tapetão! Melhor: Os fluminenses, cujo time escapou da desclassificação, comemoraram a vitória […]

Xô, intolerância (2)

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Primeiro requisito Cuidado com a separação de sílabas. A criaturinha morre de vergonha se ficar com um pedaço lá e outro cá. Com razão. A primeira sílaba, no fim da linha, vira palavrão (cu-jo). Feito o estrago, o constrangido chora, chora, chora. Depois se vinga. Cobre o autor de vexames.

Xô, intolerância (1)

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Como as pessoas, a língua sofre perseguição. As vítimas variam. Há pouco, a intolerância recaiu sobre a mesóclise — colocação do pronome átono no meio do verbo (dir-se-ia). A mais recente atinge o pronome cujo. Argumentos para a criação do clima de chega pra lá não faltam. Vão da feiura, passam pelo cacófato e chegam ao erro. No fundo, no fundo, a realidade é outra. […]

Leitora pergunta

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Não gosto de ouvir do Goiás, no Goiás, o Goiás. O emprego do artigo está certo? Maria da Conceição Pereira) É a receita do cruz-credo, não? O modismo se espalha sem cerimônia. Chegou aos jornais e telejornais. Ouvidos sensíveis sofrem. Maltratam os donos. Xô, artigo intruso! Vem, nome livre e solteirinho: Goiás fica no Centro-Oeste. Moramos em Goiás. Ele é de Goiás.  

Martha Medeiros alerta

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“Escolha: ganhar um beijinho ou um beijo? Descolar um dinheirinho ou ganhar dinheiro? Comprar um carrinho ou um carro? A maneira como falamos revela como nos sentimos: se fazendo conquistas ou recebendo esmolas da vida. Para as gurias: jamais tolere ser chamada de mulherzinha. Imediatamente você estará permitindo que lhe etiquetem as piores qualificações, já que mulherzinha é fragilzinha, dependentezinha, medrosinha, boazinha. Que boazinha, o […]

Erramos

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“O consenso político entre os marineiros e pessebedistas é bastante complicado e distante pelo menos nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e do Maranhão”, escrevemos na pág. 4. Viu a discriminação? Culpa do artigo. Ele tratou desigualmente os iguais. Melhor: O consenso político entre os marineiros e os pessebedistas é bastante complicado e distante pelo menos nos estados de São […]

A mais sensível

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A classe mais sensível da língua? É o verbo. Só ele constrói orações. Sem a tão importante criatura, as palavras ficam soltas, à procura de elos. Importância cobra preço. Exige conjugação nota 10. Muitas vezes o falante não está nem aí. Distrai-se. Resultado: pisa formas que maltratam a língua. O leitor, sempre atento, protesta. É o caso de Vera Lúcia Oliveira. Ao ler o jornal, ela encontrou […]