“O poeta é um fingidor.”
Adeus, carnaval! Adeus, sensação de pode-tudo! A fantasia foi pro baú; a máscara pro lixo; a folga, pro passado. O dever chama. Escola e trabalho esperam a volta da moçada com força total. Não foi diferente no escritório do Barreto. Em plena quarta-feira de cinzas, pintou uma dúvida na chegada. O chefe ensaiou esta frase: “Folia é …” Ops! Bom ou boa pra alma? Advogados, […]
Eva, a primeirona Adão nasceu. Foi o primeiro ser humano da Terra. Deus o moldou do barro. Com um sopro, lhe deu vida. O tempo passou. Sem companhia de semelhantes, o morador do Éden se sentia só, muito só. Não tinha com quem conversar, nem passear, nem trocar ideias. O Senhor sentiu pena do primogênito. Decidiu criar uma mulher. Ela seria mais evoluída que o […]
Flatônio José da Silva No título “Pequenos, calmos e conscientes”, saiu este texto: “Quem escolheu curtir o carnaval no Bloco da Tesourinha foi em busca de tranquilidade. Crianças e adultos se divertiram no viaduto da 410 Norte desde às 16h”. Corrigindo: Crianças e adultos se divertiram no viaduto da 410 Norte desde as 16h. Explicação — A preposição desde não pode vir acompanhada de outra […]
“E colocar Vital do Rego na equipe seria torná-lo `indemissível´em caso de reeleição”, escrevemos na pág. 6. Por que as aspas? Os urubuzinhos se usam em citação ou ironia. Não é o caso. Indemissível segue as regras de formação de palavras da língua. É gente de casa.
“Regra de ouro de toda tradução: dizer tudo o que diz o original, não dizer nada que o original não diga, dizer tudo com a correção e a naturalidade que permita a língua para a qual se traduz.” (Valentín García Yebra)
Os médicos falam em panturrilha. Nós, em barriga da perna. Surge, então, a curiosidade. O que perna tem a ver com barriga? A resposta está na mitologia grega. Sêmola engravidou de Zeus. Hera, a primeira-dama do Olimpo, descobriu. Vingou-se. Plantou um desejo no coração da amante. A moça caiu na cilada. Quis ver o amado em todo seu esplendor. Não era pouca coisa. Afinal, Zeus […]
“No Mato Grosso”, escrevemos na capa de Diversão&Arte. No Mato Grosso joga no time do cruz-credo. Faz companhia a no Goiás, no Sergipe, no Pernambuco. Esses estados não se usam com artigo. Melhor: em Mato Grosso, em Goiás, em Sergipe, em Pernambuco.
Com frequência, vejo a preposição pra (para) escrita com acento. Está certo? (Elis Saraiva) Não. A pequenina é monossílabo átono. Fraquinha, ela não tem força pra figurar sozinha numa frase. Precisa sempre de apoio: Pra frente, Brasil. Vou-me embora pra Pasárgada. Andou pra lá e pra cá. Os monossílabos tônicos jogam no time dos fortões. Autossuficientes, sustentam o período sem ajuda. Observe o diálogo em […]
Substantivo próprio perde o pedigree. Ao virar comum, grafa-se com a inicial mixuruca. É o caso de joão-de-barro, castanha-do-pará, castanha-do-brasil, banho-maria, maria vai com as outras, malhação do judas.