Calo nos dois pés

Publicado em Deixe um comentárioGeral

Tenho dúvida em relação ao verbo concluir. É correto afirmar, por exemplo, que o Ministério Público concluiu “pela” ou “por” alguma coisa? (Lilian Haas, BH) Regência, Lílian, é calo nos dois pés. Na dúvida, é melhor recorrer ao paizão. O dicionário de verbos e regimes, de Francisco Fernandes (o melhor que temos), dá nota 10 para concluir por (pelo, pela), que significa convencer-se de: Gonçalo […]

Sem privilégios

Publicado em Deixe um comentárioGeral

Há concordâncias que dão nó nos miolos. Uma delas é a do particípio quite. Dizemos “nós estamos quite ou nós estamos quites”? (Carlota Nunes, São Luiz) Quite não goza de privilégios. Joga no time dos adjetivos como feliz, alegre, triste. Flexiona-se como qualquer um deles. Veja: estou feliz, estamos felizes, estou alegre, estamos alegres, estou triste, estamos tristes. Logo, estou quite, estamos quites. Você está […]

Língua de toga

Publicado em Deixe um comentárioGeral

Sou advogada. No tribunal onde trabalho, usa-se “a folhas” para indicar a página. A duplinha está certa? No plural? (Cynara Martins, Brasília) Cynara, trata-se de linguagem forense. Juízes, advogados, promotores & cia. são loucos pela forma rançosa. A gramática os abona. Mas… vamos combinar? Não a adote fora do âmbito das togas.

Erramos

Publicado em Deixe um comentárioErramos, Geral

“Em pauta, um pedido do governo para que os representantes do povo autorizem-no a deixar de cumprir uma das leis mais importantes do país”, escrevemos na pág. 12. Viu? Esquecemos o poder de atração da conjunção que. Não só. Deperdiçamos um artigo indefinido. Melhor: Em pauta, pedido do governo para que os representantes do povo o autorizem a deixar de cumprir uma das leis mais […]

Você escolhe o nome

Publicado em Deixe um comentárioGeral

As Olimpíadas do Rio serão em 2016. Mas os preparativos começaram há anos. Transporte, construção de estádios, acomodação de delegações etc. e tal não se compram em supermercado. Exigem planejamento e tempo de execução. Mãos à obra, pois. O marketing não fica atrás. Vale tudo pra conquistar simpatizantes e atrair turistas. Mascotes entram em cartaz. As cariocas se mostraram na segunda. São duas. Uma homenageia a […]

Verbo em cartaz 1

Publicado em Deixe um comentárioGeral

Com a reforma ministerial, um verbo ocupa as manchetes. É suceder. A regência do trissílabo maltrata falantes e escritores. Levy sucede Mantega? Levy sucede a Mantega? As duas formas aparecem a torto e a direito. Mas a norma culta tem preferência. Morre de amores pela preposição a. Na acepção de substituir, vir depois, o objeto indireto é pra lá de bem-vindo. Assim: Levy sucede a Mantega. […]

Verbo em cartaz 2

Publicado em Deixe um comentárioGeral

Senhor se Olho vivo! Suceder pode ser pronominal. Vira, então, suceder-se. Significa vir ou acontecer depois. Eis exemplos: Na fazenda, os dias e as noites sucediam-se com irritante monotonia. Governantes se sucedem a governantes. Grifes se sucederam na passarela da São Paulo Fashion com criatividade, talento e ousadia.   Nem pensar Na acepção de ocorrer, todo cuidado é pouco. Suceder, aí, tem alergia ao se. […]