O sub- e o hífen

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Quando usar hífen com o sufixo sub? Valem duas observações. Uma: sub joga no time dos demais prefixos. Exige hífen quando seguido de h e de letra igual à que ele acaba. No caso, b (sub–história, sub–bloco). A outra: preocupado com a clareza, o sub evita encontro consonantal como o que aparece em abraço. O tracinho antes do r dá o recado. As duas letras […]

Verbos abundantes

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  Existem verbos que se apresentam em dose dupla. Abundantes, têm duas formas no particípio. Uma delas, a regular, é comum. Termina em -ado (matado) e -ido (extinguido). A outra, irregular, é menos vulgar. A danadinha é magra e reduzida (morto, extinto). Na língua, há muitos verbos com duplo particípio. Eis alguns: aceitar (aceitado, aceito), entregar (entregado, entregue), expressar (expressado, expresso), expulsar (expulsado, expulso), matar […]

Onde x em que

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O erro mais repetido no vestibular? É o onde. O pronome tem uma função específica — ­ indica lugar físico: “Minha terra tem palmeiras / onde (nas palmeiras) canta o sabiá”. Apesar do emprego bem definido, a moçada o emprega como curinga. Usa-o em lugar de quando. É o caso desta frase:  “Alguns historiadores atribuem a Marco Polo a introdução do sorvete na Europa no […]

Quadrilha

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O numeral quatro formou senhora família. Entre os membros, quadrilha. Quando nasceu, o substantivo designava grupo de quatro pessoas. Depois, ganhou espaço. Passou a significar grupo de quatro integrantes, humanos ou não humanos. É o caso de esquadra (navios), esquadrilha (aviões), quadra (estrofe de quatro versos), quadrado (quatro lados), quadruplicar (multiplicar por quatro). E por aí vai. Quadrilha é dança pra lá de popular nas […]

Quadra

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  “A quadra é vaso de flores que o povo põe à janela da alma”, escreveu Fernando Pessoa. É dele esta joia: “O poeta é um fingidor Finge tão completamente Que é capaz de fingir que é dor A dor que deveras sente.”   Pela simplicidade, a quadro tem lugar cativo nas cantigas de roda. Eis um exemplo: “O cravo brigou com a rosa debaixo […]

Vírgula, travessão ou parênteses?

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Marcelo é arquiteto. Além de linhas e formas, preocupa-se com a língua. Não abre mão do texto nota 10 nem a pedido dos senhores do Olimpo. O perfeccionismo não se restringe a ele. Estende-se à equipe. Outro dia, a turma dava o toque final a uma proposta. Pintou, então, uma dúvida. Que sinal usar — vírgula, travessão ou parêntese? Eis o quebra-cabeça: Brasília, a capital […]

Os Batista ou os Batistas?

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Em tempos de delações e traições, a língua sobressai. Concordâncias, regências, colocações fazem a festa. Mas a grande vedete é o plural. Com s? Sem s? A flexão de número dá nó nos miolos de gregos, romanos e baianos. Para desatá-los, basta conhecer as manhas e artimanhas de criaturas exóticas. Uma delas é o nome próprio. Os irmãos goianos que compraram o Brasil com malas […]