Possível é adjetivo. Concorda com o substantivo (acordo possível, acordos possíveis). O problema pinta na expressão “o mais…possível”. Quando flexionar o trissílabo? Olho no artigo. Possível concorda com ele: Profissionais o mais talentosos possível. Os maiores esforços possíveis.
Partitivo é parte de um todo. Há expressões partitivas — parte de, uma porção de, grupo de, o resto de, a metade de, a maioria de. Com elas, o verbo pode concordar com o sujeito ou complemento. Quando os dois são singular, o verbo fica no singular (a maioria do pessoal saiu). Quando seguidas de complemento plural, o verbo se esbalda. Pode concordar com o sujeito […]
O ou joga em dois times. Ora inclui. Ora exclui. Olho vivo! Se mais de um sujeito pode praticar a ação, é a vez do plural: Um ou outro artista compareceram à festa (nada impede que mais de um artista apareça). O perigo mora na exclusão. Aí, só um pode reinar. O verbo tem de concordar com ele. É o caso de “João ou Rafa será presidente […]
A passiva sintética (construída com o pronome se) é tropeço certo. Sobram placas com “vende-se frutas” ou “aluga-se casas”. Nada feito. Para não dar esbarrões na língua, lembre-se do macete: construa a frase com o verbo ser. Se o danadinho ficar no plural, o da passiva sintética vai atrás. Se no singular, idem: vendem-se frutas (frutas são vendidas), alugam-se casas (casas são alugadas), constrói-se muro de pedra […]
Sobressair não é pronominal. Altivo, ele dispensa objeto. Reina sozinho, absoluto: O senador sobressai nas pesquisas. Os baianos sobressaem na música. O site sobressai nos furos.
Que susto! Fiscal extorquir comerciante? É difícil. Extorquir não é lá coisa boa. Significa obter por violência, ameaças ou ardis. O verbo tem uma manha. Seu objeto direto tem de ser coisa. Nunca pessoa. Extorque-se alguma coisa. Não alguém: Fiscal extorquiu dinheiro de comerciante. A polícia tentou extorquir o segredo. Extorquiram a fórmula ao cientista.
Vigir não existe. A forma é viger. Intolerante, o dissílabo detesta o a e o o. Por isso só se conjuga nas formas em que essas vogais não aprecem depois do g. A 1ª pessoa do singular do presente do indicativo (eu vigo) ou o presente do subjuntivo (que eu viga)? Uhhhh! Fora! Nas demais, viger é regular. Conjuga-se como viver: vives (viges), vive (vige), vivemos (vigemos), vivi (vigi), viveu (vigeu), vivemos (vigemos), […]
Nas frações, o substantivo concorda com o número inteiro: 1,35 milhão, 0,45 bilhão, 2,3 trilhões.
Olho no verbo pronominal. Aposentar quem? O INSS aposenta o trabalhador. Mas o trabalhador se aposenta. Eu me aposento, ele se aposenta, nós nos aposentamos, eles se aposentam.
“Sandoval Gomes de Oliveira, nascido em Brasília pouco antes da inauguração da cidade, que há 26 anos dedica-se à magistratura”, escrevemos na pág. 18. Viu? Esquecemos a atração do grupo qu (que, qual, quando, quanto). Eles são tão fortes que puxam o pronome para antes do verbo. Assim: Sandoval Gomes de Oliveira, nascido em Brasília pouco antes da inauguração da cidade, que há 26 anos […]