As expressões latinas não têm acento nem hífen. Se aparecer um ou outro, elas perdem a originalidade. Entram, então, na vala comum dos compostos. Ganham hífen. Compare: via crucis, via-crúcis.
Catorze alterna com quatorze. Mas cinquenta é única. Xô, cincoenta!
Zero à esquerda? É nulidade. Poupe tempo e espaço. Em datas, em vez de 05.04.2017, escreva 5.4.17 ou 5.4.2017. Viu? A informação não perde nada. A mesma economia vale para escrita de numerais em geral: Em vez de havia 02 pessoas na sala, fique com havia 2 pessoas na sala. Por quê? Você não diz havia zero duas pessoas na sala.
Guarde isto: -isar não existe. O sufixo formador de verbos é ar. Ele se cola ao radical: martelo, martelar; casa, casar; retrato, retratar. Às vezes, o radical tem s. O ar não tem preconceitos. Cola-se a ele: pesquisa (pesquisar), bis (bisar), análise (analisar), catálise (catalisar), liso (alisar), paralisia (paralisar), improviso (improvisar). Reparou? O is faz parte da palavra primitiva. O verbo se formou com o […]
Viva! Nosso alfabeto ganhou três letras. K, y e w o deixaram mais rico. Mas a grafia das 26 senhoritas não mudou. Apesar da permanência, muitos tropeçam na escrita da primeirona da lista. Sabe por quê? Por causa do acento. O á se escreve assim – com o grampinho agudo: As crianças começam a alfabetização pelo á-bê-cê. Outra cara Á-bê-cê pode ter outra cara. É […]
Ora veja! A última sílaba de quiser e fizer se pronuncia da mesma forma. Sem tirar nem pôr. Mas a grafia muda. Uma se escreve com s. A outra, com z. Por quê? A resposta está no infinitivo dos verbos. Fazer tem z no nome. Querer não tem. Como a família está acima de tudo, sempre que soar z, fazer a exibirá. Mas querer, que […]
Paizinho, mãezinha, cafezinho. Paizão, mãezona, cafezão. Reparou? Diminutivos e aumentativos se escrevem com z. Em bom português: os sufixos zinho, zinha, zão e zona se grafam com a lanterninha do alfabeto. Mas… Olha a família, gente. Mesa, mesinha, mesona; casa, casinha, casarão; camisa, camisinha, camisão. Viu? Se a palavra tem s no radical, o sufixo se cola a ele. No caso, o z não tem […]
Ops! O som é o mesmo. Mas a grafia não. Como saber? Leitura ajuda. Consulta ao dicionário também. Mas, no sufoco, lembre-se da dica. Depois de en, o x pede passagem: enxada, enxame, enxofre, enxoval, enxugar, enxaguar, enxergar, enxovalhar. Família Enchente foge à norma? Não. Ela obedece à regra-mãe — a família acima de tudo. Se o paizão se grafa com ch, cessa tudo que […]
Parlamentar adora falar. Sente prazer em ouvir a própria voz. Não raro abusa. Apela para redundâncias. E desperdiça. Vale a questão: é sempre errado recorrer a pleonasmo ou há alguma situação em que essa figura de linguagem é bem-vinda? A palavra pleonasmo vem do grego. Na língua de Platão e Aristóteles, quer dizer superabundância. Em bom português: repetição de uma ideia com palavras diferentes. Há […]
Vultoso ou vultuoso? As duas palavras existem. Estão às ordens para dar recados. Vultoso quer dizer alto, elevado. Vultuoso, atacado de vultuosidade (congestão facial). Sua Excelência teria tirado nota 10 se tivesse falado em recursos vultosos.