Maria, quando fala, olha fundo nos olhos da pessoa. Com o tempo, se deu conta de que existem poucos olhos iguais. Há mil e uma nuanças que diferenciam uns de outros. Surgiu, então, uma dúvida. Por que, no plural dos adjetivos indicadores de cor, só claro e escuro se flexionam? As outras indicações de tonalidade ficam invariáveis. O mistério tem um porquê? Tem. É a velha história dos adjetivos […]
Qual é o coletivo de baleia? Nossa! Vamos à pesquisa. Procura daqui, vasculha dali, eureca! É baleal.
Geral pede o tracinho: secretário-geral, diretor-geral, coordenador-geral, orientador-geral, procurador-geral. Ops! Não bobeie. Se o cargo tiver certidão de nascimento escrito sem hífen, permanece sem tracinho. Como no jogo do bicho, vale o que está escrito.
Au-au. É o cão que late. Miau-miau. É o gato que mia. Glu-glu. É o peru que gluglujeia. Có-có. É a galinha que cacareja. Chuá-chuá. É a água que cai. Tique-taque. É o relógio que marca as horas. As palavras que reproduzem o som de vozes ou ruídos recebem nome pra lá de pomposo. É onomatopeia. O adjetivo dela derivado tem duas formas – onomatopeico, […]
As aparências enganam. E como! Vale o exemplo de tal. As três letrinhas parecem inofensivas. Mas não são. Roubam pontos em concursos, adiam promoções, destroem amores. A razão: muitos ignoram que as danadinhas se flexionam. Concordam em número com o substantivo a que se referem: Que tal o filme? Que tais os filmes? Que tais as férias? Foi difícil escolher os novos óculos tais as […]
Por que se diz “madre superiora”, mas “escola superior”? Madre e escola são nomes femininos. Mas o segundo adjetivo é masculino. Faça a sua aposta. O superiora joga claro. Refere-se a madre. O superior brinca de esconde-esconde. Oculta entre o nome e o adjetivo, está a locução “de nível”: escola (de nível) superior, instituição (de nível) superior, mercadoria (de nível) superior.
Surpreender o outro. O presidente de um banco comunicou ao colega que mudara a sede da agência do centro de São Paulo para Paraty. A resposta: “Que inveja! Quem me dera estar em seu lugar!”
Viagem e viajar soam como música. Substantivo e verbo convidam para o novo. É fazer a mala e cair no mundo. Mas um cuidado se impõe. O infinitivo do verbo se grafa com j (viajar). Todas as pessoas, tempos e modos respeitam o paizão. Escrevem-se com j: viajo, viajas, viajei, viajarei, que eu viaje, nós viajemos, eles viajem. Marinheiro de poucas viagens, olho vivíssimo. Não […]
É dezembro. O corre-corre do fim do ano chega ao fim. Adeus, provas. Adeus, Enem. Adeus, recuperações. O estresse mudou de objeto. É hora de festas, chegadas e partidas. Natal e ano-novo primeiro, depois férias e viagens — com elas, dicas pra lá de bem-vindas. Uma trata de número — a equipe do sempre plural: Férias joga no time de óculos. A dupla só existe […]
“Não aconselho ninguém a colocar mantras em e-mails.”