“Teus filhos não são teus filhos. São filhos da vida anelando por si própria. Vêm através de ti, mas não de ti. E, embora estejam contigo, a ti não pertencem.”
Post do Twitter gerou baita confusão: “Lanche na casa de amigo e a esposa dele estava uma delícia”. O texto confirma o que Mário Quintana ensinou: “A gente pensa uma coisa, escreve outra, o leitor entende outra, e a coisa propriamente dita desconfia que não foi dita”. Melhor acabar com a ambiguidade. Assim: Lanche na casa do casal de amigos estava uma delícia.
Avião da Air India, com 190 pessoas a bordo, saiu de Dubai rumo a Calcute. Repatriava indianos presos nos Emirados por causa da pandemia. Ao pousar, derrapou, ultrapassou a pista e se partiu em duas partes. O noticiário fala em “partir-se ao meio”. Vamos combinar? Duas partes não significa ao meio. A propriedade vocabular contribui pra informação precisa.
Nove em cada 10 brasileiros usam o WhatsApp. O aplicativo pra lá de acessível deixou o telefone pra trás. Antes, ligar pra alguém era tão natural quanto andar pra frente. Hoje o fazemos com cerimônia. Há quem peça autorização prévia. Quem diria! A popularização do zap levou à perda de limites. A questão: sem regras ou freios, pode-se deitar e rolar no envio de mensagens, […]
Que sem acento ou que com acento? Quase sempre sem. O acento se usa em duas ocasiões. Uma: quando o que é substantivo. Aí, como bom substantivo, tem plural. Os atores têm um quê especial. Dois quês me chamam a atenção. O professor manda cortar os quês da redação. Também tem acento quando está no fim da frase, no fim mesmo, colado no ponto: Você […]
Depende. Você escolhe. Mas a opção dá recados diferentes. A vírgula é neutra. Obedece à gramática: Brasília, a capital do Brasil, localiza-se no Planalto Central. O travessão grita. Chama a atenção para o termo que isola: Brasília — a capital do Brasil — localiza-se no Planalto Central. Os parênteses escondem. Dizem que o termo que está ali dentro não faz falta: Brasília (a capital do […]
Domingo é Dia dos Pais. A meninada, que espera ansiosa a a hora de homenagear pessoa tão especial, vai conjugar o verbo presentear. Flexioná-lo como manda a gramática pega bem como dar bom-dia no elevador, usar cinto de segurança, pedir licença e dizer obrigado. Como frear e cear, presentear perde o i no nós e vós dos dois presentes — do indicativo e do subjuntivo. […]
“Aprendi o silêncio com os faladores, a tolerância com os intolerantes, a bondade com os maldosos; e, por estranho que pareça, sou grato a esses professores.”
Grandes tragédias sempre causam comoção. Guerras, tsunamis, terremotos, atentados têm o condão de mobilizar comunidades próximas ou distantes. O sentimento será tanto maior quanto maior for a relação entre as partes. Por esse motivo, a explosão no porto de Beirute ocorrido na terça-feira atinge os brasileiros de forma singular. O Brasil tem laços históricos com o Líbano. D. Pedro II visitou a antiga Fenícia em […]
Quebra sigilo, não quebra sigilo. Ufa! A Lava-Jato ora recebe aplausos, ora chutes e pontapés. Trata-se de briga de cachorro grande. Enquanto a guerra prossegue, que tal uma curiosidade? Sigilo vem do latim sigillum. Quando nasceu, significava selo. Depois evoluiu. Tornou-se sinônimo de segredo.