Mantenha, no plural, o timbre dos nomes com o O fechado no masculino e no feminino. É tudo como se tivesse um chapeuzinho: lobo, loba, lobos, lobas; cachorro, cachorra, cachorros, cachorras; raposo, raposa, raposos, raposas; bolso, bolsa, bolsos, bolsas; pombo, pomba, pombos, pombas; tonto, tonta, tontos, tontas; moço, moça, moços, moças.
Observe a regra do primeiro o do sufixo -oso. No masculino, ele soa fechado (charmoso). No feminino, aberto (charmosa). No plural, não faz discriminação de gênero. É sempre aberto: charmosos, charmosas, gostosos, gostosas, apetitosos, apetitosas.
Não mude a sílaba tônica das palavras: São oxítonas: Nobel, ruim, recém, mister, novel. São paroxítonas: pudico, rubrica, seniores, ibero, avaro, recorde. São proparoxítonas: hétero, anátema, amálgama, protótipo. O acento sempre indica a sílaba tônica: sábia, sabiá, álibi.
O texto falado tem atributos semelhantes ao escrito. Entre eles, clareza, concisão, simplicidade, harmonia e ritmo. Mas vai além. Exige cuidado na pronúncia. Tropeço nos sons ou nas sílabas tônicas gritam nos ouvidos. Convém tirar as ciladas do caminho. Assim: 1. Pronuncie bem todas as letras. Três armadilhas fazem três vítimas: R final: correr, cair, sentir. S final: vestidos, sapatos, choros. Ditongos: goleiro, sanfoneiro, pioneiro, […]
O mundo está cheinho de gente que quer passar pelo que não é. A língua também. Certas palavras se escrevem iguaizinhas a outras. Mas pertencem a classe gramatical diferente e têm significados diferentes. Como evitar a confusão? A criatividade correu solta. Inventa daqui, palpita dali, eureca! Decidiram pelo acento diferencial. Assim, ele pára, do verbo parar, teria o agudo para distingui-lo da preposição para (vou […]
Na língua existe o super-super: o superlativo que dobra o i. Coisa rara. Só cinco ou seis adjetivos têm esse poder. Quais? Os terminados em –io no masculino: sério (seriíssimo), sumário ( sumariíssimo), frio (friíssimo), precário (precariíssimo), macio (maciíssimo), necessário (necessariíssimo). Ops! Os adjetivos terminados em -eio não têm nada com os de dose dupla. São vira-latas que pululam por aí sem charme. É o […]
Nas aulas de português, o professor falou no tal superlativo absoluto sintético. O danado é cheio de poder. Uma só palavra diz tudo. Basta um sufixo. Em geral, o -íssimo resolve (belíssimo, limpíssimo, velhíssimo). Mas há palavras que pedem outro (facílimo, macérrimo, paupérrimo). Outras têm duas formas. Uma popular (negríssimo, docíssimo, nobríssimo). Outra erudita (nigérrimo, dulcíssimo, nobilíssimo).
Os cruzamentos resultam de contaminação: de duas formas ou estruturas equivalentes surge uma terceira, que rompe a correlação. Por exemplo: O seja pede o par seja (seja inverno, seja verão); o ou, outro ou (ou no inverno ou no verão); o quer, outro quer (quer no inverno, quer no verão). A mistura de um e outro constitui cruzamento que prejudica a harmonia do texto (seja no inverno ou no verão; quer no inverno ou no […]
O não provoca arrepios. Ninguém o ama, ninguém o quer. Por isso a forma positiva ganha banda de música e tapete vermelho. A regra é dizer o que é, não o que não é. Não ser pontual é ser impontual. Não lembrar é esquecer. Não assistir à aula é faltar à aula. Não duvidar é ter certeza. Não fazer mudanças na equipe é manter a […]
As repetições — de sons, palavras ou estruturas — transmitem a impressão de inexperiência, descuido e pobreza de vocabulário. Há formas de evitá-las. Uma delas: suprimir a palavra. Outra: substituí-la por sinônimo ou pronome. Mais uma: dar outro torneio à frase.