Hoje é o Dia Internacional da Mulher. Trata-se de homenagem justa. Tão justa que se torna desnecessária. A mitologia explica. Ela é a origem de tudo. Sem princípio masculino, criou o céu, as montanhas e o mar. Uniu-se ao céu e teve descendentes. Símbolo da fecundidade, é a mãe do universo e dos deuses. Engloba as qualidades e defeitos humanos e divinos. Daí ser conhecida […]
Palavras que fazem o diminutivo com o sufixo -zinho têm plural pra lá de sofisticado. São três etapas: Uma: pôr a palavra primitiva no plural. Outra: retirar o s. A última: acrescentar o sufixo –zinhos ou -zinhas: mulher — mulhere(s) — mulherezinhas flor — flore(s) — florezinhas animal — animai(s) — animaizinhos botão — botõe(s) — botõezinhos cão — cãe(s) — cãezinhos homem — homen(s) […]
O pré tem manhas no emprego. Ora se usa com hífen, ora sem: pré-escola, pré-vestibular, pré-estreia, mas preanunciação, preaquecer, precondição, predefinido, predelineado, predeterminado, predisposto, preestabelecido, preexistente, prefigurado, prefixado. As causas do emprego de um e outro não são claras. Por isso, na dúvida, consulte o dicionário.
“Das palavras, as mais simples. Entre as mais simples, a menor.”
Não caia no simplismo. O primeiro dia do mês tem privilégios. Só ele é ordinal. Os demais embarcam na canoa do cardinal: Primeiro de janeiro abre as portas do ano-novo. Os gregos não tinham o 1º dia do mês. Viajou no dia 2. 2. Há numerais que sofrem de alergia. Um deles é dois. Ele não tolera o pronome todos. Todos os dois? Saia […]
Os numerais são mágicos. Número determinado vira indeterminado. É o caso do cardinal mil. Desde os começos da língua, ele se presta pra expressar indeterminação exagerada. Olho vivo. O pequenino não tem plural: Em abril, chuvas mil. Fez promessas mil durante a campanha. Apresentou propostas mil pra vender o produto.
Olho vivo, moçada. Catorze alterna com quatorze. Ambas as formas merecem nota 10. Mas cinquenta é única. Xô, cincoenta!
Menor é melhor. Menos é mais. Eis as regras de ouro do estilo. Zero à esquerda não combina com elas. É nulidade. Poupe tempo e espaço. Em datas, em vez de 07.03.2018, escreva 7.3.18 ou 7.3.2018. Viu? A informação não perde nada. A mesma economia vale para escrita de numerais em geral: Em vez de havia 02 pessoas na sala, fique com havia 2 pessoas […]
“Antes do jogo, ele nos diz como ganhar e, depois, porque perdemos”, escrevemos na pág. 4 de Diversão&Arte. Viu? Tropeçamos no porquê. Quando o dissílabo é substituível por “a razão pela qual”, fica um pedaço lá e outro cá: Antes do jogo, ele nos diz como ganhar e, depois, por que (a razão pela qual) perdemos.
Xeque e cheque se pronunciam do mesmo jeitinho. Mas têm significados pra lá de diferentes: Xeque = lance no jogo de xadrez (xeque-mate), chefe de tribo ou soberano árabe, risco, perigo, contratempo. Cheque = documento bancário. Pôr em xeque – pôr em dúvida o valor, o mérito, a importância: As investigações põem em xeque o depoimento do ministro. Empregos: Cheque vem do inglês to check (conferir, verificar). Xeque-mate […]