É proibido entrada? É proibida entrada?

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“Há mais mistérios entre o céu e a Terra do que imagina nossa vã filosofia”, disse Shakespeare. Ele devia estar pensando na concordância do é bom, é proibido, é feio, é necessário, é preciso & cia. A danada tem manhas. O adjetivo pode ficar invariável ou flexionar-se. Depende do recado. O imutável tem vez quando se deseja fazer referência de modo vago e geral. No […]

Diretor de secretaria. Diretor da secretaria: diferença

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Há diferença entre diretor de secretaria e direito da secretaria? Há. O xis da questão está no artigo (da = de + a). O artigo definido dá precisão ao objeto. Se digo “traga os livros”, não me refiro a quaisquer livros. Mas a livros específicos. Se, ao contrário, digo “traga livros”, pode ser qualquer obra. Diretor de secretaria é diretor de qualquer secretaria. Diretor da […]

Saiu há duas horas atrás: baita pleonasmo

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O verbo haver tem mil e tantos empregos. Um deles: contagem de tempo passado: Cheguei há pouco. Mora nos Estados Unidos há três anos. Desde que fez a primeira viagem de navio há 10 meses, abandonou o avião. Prefere navegar a voar. Simples assim. Mas muitos preferem complicar. Desavisados, juntam o haver com o atrás (chegou há duas horas atrás). Baita pleonasmo. O casamento junta […]

Voltar atrás: pleonasmo?

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Voltar atrás desperta dúvidas. É pleonasmo? Joga no time do subir pra cima, descer pra baixo, entrar pra dentro e sair pra fora? A resposta é não. Só se sobe pra cima, só se desce pra baixo, só se entra pra dentro, só se sai pra fora. Os verbos subir, descer, entrar e sair são suficientes pra dar o recado. Não é o caso de […]

Faixa: por que o x

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“Ao vencedor as batatas”, escreveu Machado de Assis no livro Memórias póstumas de Brás Cubas. “Ao vencedor a faixa presidencial”, escrevemos nós de olho no resultado do pleito de outubro. Enquanto as urnas não dão a palavra final, vale uma diquinha de português. Por que faixa se escreve com x? Eis uma das poucas regras de ortografia do português nosso de todos os dias. Depois de ditongo, […]

Elegido ou eleito? Depende

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Eleger é verbo generoso. Tem dois particípios. Um regular: elegido. Outro irregular: eleito. Quando usar um ou outro? Com os auxiliares ter e haver, elegido pede passagem. Com ser e estar, eleito: Temer será eleito em outubro? Os puxa-sacos dizem que ele já está eleito. O brasileiro tem elegido bons políticos?  Talvez no passado o brasileiro haja elegido candidatos mais comprometidos com o país.  

Temer: candidato presidente ou presidente candidato?

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Michel Temer é presidente do Brasil. Vai disputar a reeleição? Não vai? Uma dica aqui, uma insinuação ali, um palpite acolá punham fogo na fogueira. Outros louquinhos pelo poder se lançam todos os dias à corrida pelo Palácio do Planalto. E Temer? Sua Excelência abriu o jogo em entrevista à revista IstoÉ. “Estou na disputa”, disse ele. Pintou, então, a questão. Temer é presidente candidato ou […]

Erramos

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“Nação sub judice”, escrevemos na pág. 12. Bobeamos. Palavras estrangeiras não gozam de privilégios. Como gente da casa, dispensam o itálico. Daí por que escrevemos show, deficit, shopping center como grafamos vocábulos portugueses. Melhor: Nação sub judice.

Verbo avisar: regência

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Avisar alguém? A alguém? Prefira a regência com o objeto direto de pessoa e indireto da coisa avisada (preposição de). Assim: Ela saiu para avisar o professor. Vou avisar o pai da chegada do filho. Paulo avisou o irmão de que faria parte do elenco da próxima novela. Avisei meu chefe de que folgaria nos feriados da Páscoa.

Autoescola sem hífen: por quê?

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  O Brasil ganhou da Alemanha por 1 x 0. O jogo foi na casa do time adversário. Tite, técnico da Seleção verde-amarela, não deixou por menos. Disse que o resultado foi resgate da autoestima do brasileiro. A questão: por que autoestima se escreve colada, sem hífen? Auto– joga no time da maioria dos prefixos. Pede o tracinho em dois casos. Um: quando seguido de […]