“O câmbio é flutuante e não há por que cometer os mesmos erros do passado”, escrevemos na pág. 9. Viva! O porquê, quando substituível por “a razão pela qual”, se escreve separadinho, um pedaço lá e outro cá.
Que coisa! catequese se escreve com s. Catequizar, com z. A razão: O sufixo -ar não se cola ao radical. Caso se colasse, teríamos “catequesar”. Nada feito. Entra em cartaz o sufixo -izar — escrito sempre, sempre mesmo, com z. É o caso de civil (civilizar), canal (canalizar), simpatia (simpatizar), anarquia (anarquizar). E por aí vai.
A palavra mais ouvida nos últimos dias? É pesquisa. Ibope e Datafolha fazem mais sucesso que a novela das 9h. Pode? Pode. Tanta popularidade cobra preço alto. Ao escrever a trissílaba e respectiva filharada, muitos tropeçam na grafia. Dão a vez ao z em vez de s. Esquecem-se de pormenor pra lá de importante. Na língua, impera uma regra: a família acima de tudo. Se […]
Não. Ao longo da vida, podemos dar vários adeuses. O derradeiro é o último. Em geral, dado em caso de morte.
No singular ou plural, o significado se mantém. A concordância acompanha o número: O juro baixou. Os juros baixaram.
O fogo está solto em Brasília. Primeiro, consumiu um apartamento em Águas Claras. Ontem, na Asa Norte. O fogaréu em prédios trouxe às manchetes o verbo incendiar. E, com ele, a gangue do MARIO. São cinco verbos que dão nó nos miolos dos falantes. A letra inicial de cada um forma o nome do grupo — m de mediar, a de ansiar, r de remediar, […]
“Às 8h30, uma camareira ouviu gritos de socorro, mas ninguém interveio”, escrevemos na pág. 23. Viva! Nota 10 para a conjugação do verbo intervir. Derivado de vir, ele se flexiona do mesmo jeitinho do paizão: eu venho (intervenho), vem (intervém), vimos (intervimos), vêm (intervêm); vim (intervim), veio (interveio), viemos (interviemos), vieram (intervieram). E por aí vai.
“Nuvens grandes de fumaça, grandes labaredas de fogo saindo pelas janelas, gritos por socorro, pessoas com panos no rosto para poder respirar”, escrevemos na pág. 21. Reparou no pleonasmo? Toda labareda é de fogo. Basta o substantivo. Assim: Nuvens grandes de fumaça, grandes labaredas saindo pelas janelas…
Não deu outra. Nas matérias sobre a transferência da embaixada americana para Jerusalém, o porquê fez a festa. Ora apareceu junto. Ora separado. Ora com acento. Ora sem o chapeuzinho. Algumas escolhas mereceram nota 10. Outras ficaram devendo. Na verdade, não há quem não hesite na hora de escrever uma forma ou outra. Muitos chutam. Mas, como a língua não é loteria, a Lei de […]
De um lado, festa. De outro, mortes por atacado. No meio, Jerusalém. Israel e Palestina reivindicam a cidade santa. A ONU dividiu a urbe em duas partes. Uma para cada povo. Os Estados Unidos entraram na disputa. Inauguraram a embaixada do país no espaço em disputa. Resultado: reconheceram os judeus como vencedores da contenda. Daí os confrontos. Volta à mitologia A confusão trouxe à tona […]