Ufa! A Copa corre solta. Hoje o Brasil joga contra os gigantes sérvios. Dedos cruzados e pensamento positivo fazem a diferença. Mas a vida continua, o calendário voa. A meninada termina as provas. Prepara as malas para chegadas e partidas. Férias e viagem pedem banda de música e tapete vermelho. Com elas, duas dicas pra lá de bem-vindas. Uma trata de número. A outra, de grafia. Time […]
As aparências enganam. E como! Vale o exemplo de tal. As três letrinhas parecem inofensivas. Mas não são. Roubam pontos em concursos, adiam promoções, destroem amores. A razão: muitos ignoram que as danadinhas se flexionam. Concordam em número com o substantivo a que se referem: Que tal o filme? Que tais os filmes? Que tais as férias? Foi difícil escolher os novos óculos tais as ofertas de […]
Uiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! Que medão. Na Copa, chegou a fase do mata-mata. Quem perde faz as malas e volta pra casa. Valha-nos, Deus! Que a seleção verde-amarela ultrapasse os obstáculos e traga o caneco. Enquanto a bola rola, vale a questão: qual o plural da duplinha mortal? Ela é formada por palavras repetidas. Só o último se flexiona: os mata-matas, os quero-queros, os quebra-quebras.
O vice-presidente dos Estados Unidos fez as malas e veio dar uma voltinha neste país tropical. Pintou, então, uma questão. Em frases em que a potência do norte figura como sujeito, o verbo vai para o singular ou plural? Os Estados Unidos perseguem os imigrantes? Persegue os imigrantes? Nomes próprios no plural constituem verdadeira armadilha. Acompanhados de artigo, concordam com o artigo. Sem o pequenino, […]
“Segundo especialistas, não se tratam de chantagens emocionais”, escrevemos na pág. 12. Viu? Tropeçamos no verbo tratar. Seguido da preposição de, ele se mantém no singular: Segundo especialistas, não se trata de chantagens emocionais.
Sabia? Os olhos funcionam como câmeras. Fotografam tudo que veem. Nada escapa. Nem as palavras. Os ouvidos têm outros interesses. Eles não estão nem aí pras imagens. Só querem saber de sons. Como esponjas, absorvem o que ouvem. Resultado: a gente vê ou ouve mensagens de certas placas, certos avisos, certas propagandas pela primeira vez. Acha-as esquisitas. Mas depois, tantas vezes repetidos, os textos parecem […]
Depende. Repetir é dizer outra vez. Você repetiu só uma vez? Não use de novo. Mais de uma vez? Ufa! É de novo.
“Não há nada pior do que dar longas pernas para pequenas ideias.”
“Ministros derrubam por unanimidade artigo da lei eleitoral que impedia humor com políticos a três meses do pleito”, escrevemos na pág. 3. Viva! Na indicação de tempo futuro, o verbo haver não tem vez. Só a preposição ganha passagem. Compare: Chegou há pouco. Chega daqui a cinco minutos. Estamos a seis meses do Natal.
“Logo, o debate continuará travado e com o não-candidato no papel de favorito”, escrevemos na pág. 3. Ops! Esquecemos a reforma ortográfica. Ela cassou o hífen depois do não. Agora é tudo solto. Melhor: Logo, o debate continuará travado e com o não candidato no papel de favorito.