Foi dada a partida. A propaganda eleitoral ganha as ruas, ocupa palanques e invade a internet. Logo, logo terá espaço generoso no rádio e na televisão. Candidatos se apresentam embalados para presente. Têm um único objetivo. Eleger-se. Pra chegar lá, precisam conquistar o eleitor e, com ele, o voto. O objeto de desejo tão cobiçado tem duas acepções e duas origens. A primeira veio do […]
Vou a Brasília? Vou à Brasília? Fui a Paraíba? Fui à Paraíba? Ia a França? Ia à França? Eta dor de cabeça! Cidades, estados e países são cheios de caprichos. Ora dão vez ao grampinho. Ora não. No aperto, a gente chuta. O resultado é um só. A Lei de Murphy, gloriosa, pede passagem. O que pode dar errado dá. Como safar-se? Há saídas. Uma […]
Ferreira Gullar disse que a crase não foi feita pra humilhar ninguém. Pode ser. Mas que dá nó nos miolos, isso dá. Como desatá-lo? É fácil como andar pra frente. Primeiro passo: desvendar o segredo do acentinho Crase é como aliança no dedo esquerdo. Avisa que estamos diante de ilustre senhora casada. A preposição a se encontra com outro a. Pode ser artigo ou pronome […]
O candidato passou despercebido no meio da multidão? Ou passou desapercebido? Olho vivo, moçada. Uma letra faz a diferença. Despercebido significa ignorado, sem ser notado. Desapercebido quer dizer desprevenido: O candidato passou despercebido. O contrabando atravessa a fronteira do país despercebido. No supermercado, encheu o carrinho de compras. Na hora de pagar, cadê? Estava desapercebido. A carteira tinha ficado em casa. Ufa!
Tanto faz. Uma forma e outra merecem nota 10: O presidente eleito toma posse no dia 1º de janeiro. O presidente eleito toma posse dia 1º de janeiro. Fez comício na quinta-feira. Fez comício quinta-feira. Descansou no domingo. Descansou domingo.
Flexionar azul-marinho rouba pontos e compromete reputações. A duplinha é invariável: calça azul-marinho, calças azul-marinho, sapato azul-marinho, sapatos azul-marinho; carro marinho, carros marinho, bicicleta marinho, bicicletas marinho.
Que horas são? É meio-dia e meia (hora). Se preferir, 12h30. A abreviação é desse jeitinho — sem espaço e sem plural.
Onde ou aonde? Quase sempre onde. Aonde só se usa com verbo de movimento que exige a preposição a: Onde você mora? Aonde ele foi? Não sei aonde ele foi. Você sabe aonde ele foi?
Intervir é filhote de vir. Ambos se conjugam do mesmo jeitinho: venho (intervenho), vem (intervém), vimos (intervimos), vêm (intervêm); vim (intervim), veio (interveio), viemos (interviemos), vieram (intervieram). E por aí vai.
Olho vivo! Muita gente escreve “possue”. Bobeia. Melhor abrir os olhos: eu possuo, ele possui, nós possuímos, eles possuem. (A regra vale para a turma uir. Entre eles, contribuir e retribuir: contribui, retribui).