Na contagem de tempo, fazer é impessoal. Conjuga-se só na terceira pessoa do singular: Faz cinco anos que trabalho no banco. Faz duas horas que ele chegou. Fazia muitos anos que não ia ao Rio. 2. É também impessoal quando indica fenômeno da natureza: Faz frio. Faz calor. 3. A impessoalidade do verbo contagia o auxiliar: Deve fazer cinco anos que cheguei a Brasília. Vai […]
Em dias de campanha eleitoral, uma das palavras que mais se ouvem é factoide. Factoide rima com asteroide, debiloide, mongoloide. As palavras têm um denominador comum. É -oide. As quatro letrinhas vêm do grego. Querem dizer forma, aparência, imagem. Asteroide é o que tem aparência de astro. Mongoloide, de mongol. Debiloide, de débil mental. Às vezes, as danadinhas bancam as gozadoras. Mandam a seriedade pras […]
A construção face a não é portuguesa. Use a vernácula em face de: Em face da reivindicação dos professores, o governo estuda nova proposta. Em face do exposto, solicito providências. Nada pôde fazer em face das dificuldades que enfrenta.
Corão, o livro sagrado dos muçulmanos, quer dizer a mesma coisa que Bíblia. Ambos significam livro. O primeiro em árabe, o segundo, em grego.
Você tem paixão pelos livros? Então é bibliófilo. Biblio quer dizer livro. Daí Bíblia, o livro sagrado dos cristãos. E filo, que significa amor, paixão. Daí filosofia, o amor pela sabedoria.
Verde-amarelo joga no time dos adjetivos compostos. A duplinha é formada de dois adjetivos — verde e amarelo. No caso, só o segundo se flexiona em gênero e número: símbolo verde-amarelo, símbolos verde-amarelos, bandeira verde-amarela, bandeiras verde-amarelas.
As locuções a distância e à distância são vítimas da incompreensão gramatical. Às vezes, o substantivo distância anda na companhia do artigo. Outras, dispensa o acompanhante. Vale o exemplo do aviso que aparece na traseira de ônibus e caminhões: Mantenha distância. Daí: À distância só tem vez se a distância for determinada: Vi Maria à distância de mais ou menos 100 metros. Os sem-terra marchavam […]
Nem sempre o grampinho resulta da fusão de dois aa. Às vezes, a clareza fala mais alto. Apela-se, então, para a falsa crase. Usa-se à. É o caso de vender à vista. Aí, não ocorre o encontro dos dois aa. No tira-teima, fica clara a ausência do artigo: vender a prazo. Por que o à? Para evitar mal-entendidos. Sem o acento, poder-se-ia entender que se […]
A palavra alfabeto nasceu na terra de Platão e Aristóteles. Formaram-na dois vocábulos da mesma origem. Um: alfa, a primeira letra do alfabeto grego. O outro: beta, a segunda. Abecedário é o sinônimo latino. Vem de abc. Os gregos batizaram o alfabeto, mas não o criaram. Tampouco os fenícios, que o espalharam mundo afora e ficaram com a fama de genitores. Os pais da criança […]
É ou são? Ops! Trata-se do verbo ser. Ele é complacente. Ora aceita uma forma, ora outra. Ora as duas. Especial, recebe tratamento diferenciado. Na concordância, a gramática lhe reserva capítulo à parte. Hoje é 2 de setembro? Ou são 2 de setembro? Cem reais é muito? Ou são muito? É quase duas horas? Ou são quase duas horas? Dúvidas. Muitas dúvidas. Sem rigidez O […]