Você já deu uma olhadinha no céu à noite? Então viu o zodíaco. É uma faixa em que o sol parece mudar de lugar. Ali há 12 constelações. Sete têm nome de animais. Uma delas é Câncer. A história do grupo de estrelas tem tudo a ver com a mitologia grega. E, também, com os nascidos entre 21 de junho e 21 de julho. Hércules […]
Quem diria! Câncer, há pouco, figurava no rol das palavras mágicas. A simples referência à enfermidade seria capaz de atrair o mal. Daí por que as pessoas recorriam a subterfúgios. Falavam em C.A., doença ruim, aquela doença, etc. e tal. Agora a história muda de enredo. Graças à informação, o vocábulo circula com a desenvoltura de quem anda pra frente. O Correio Braziliense vai promover […]
Por que câncer tem acento? Pela mesma razão que revólver, cadáver, caráter, Tânger. São paroxítonas terminadas em er. Lembrete Para manter a memória esperta, lembre-se de pormenor pra lá de importante. As paroxítonas se opõem às oxítonas. O que acontece com umas não acontece com as outras. Se as paroxítonas terminadas em er são acentuadas, as oxítonas não são. Compare: zíper — bater líder — […]
“Quando morrem, os escritores se transformam em seus livros. O que, pensando bem, não deixa de ser uma forma interessante de reencarnação.”
“Elisa Lucinda traz à Brasília a peça Parem de falar mal da rotina”, escrevemos na capa. Viu? Pisamos a crase. Brasília não pede artigo. Sem artigo, adeus, acentinho grave. Vale lembrar o versinho pra lá de repetido na escola: Se, ao voltar, volto da, craseio o a . Se, ao voltar, volto de, crasear pra quê? Ora, volto de Brasília. Melhor: Elisa Lucinda traz a Brasília a peça Parem de falar mal da rotina.
“O pedaço do edifício de concreto ao fundo, com um corte geométrico, chama atenção”, escrevemos na pág. 25. Cadê o artigo? A gente chama a atenção.
Em campanha eleitoral, pesquisas aparecem a torto e a direito. Candidatos sobrem, candidatos caem. Alguns despencam. Os inimigos não deixam por menos. Ironizam: “Vamos encomendar o réquiem”. Que bicho é esse? É prece para os mortos. Substantivo masculino, escreve-se desse jeitinho. Curiosidade Réquiem vem do latim requiem, descanso. É também o nome de uma missa de Mozart. A história é curiosa. Um dia um desconhecido, […]
Na gramática, discurso significa conversa. As pessoas do discurso são as que tomam parte em uma conversa. Para haver conversa, são necessárias três pessoas: Uma fala ou escreve (1a pessoa) Uma escuta ou lê (2a pessoa) Uma é o assunto — o ser de que se fala ou escreve (3ª.pessoa) Imagine este bate-papo entre Rafa e João: — João, você já viu a Mulher […]
“Em quase todas as sessões, não houve nem quorum para iniciar os trabalhos”, escrevemos na pág. 17. Viu? Tropeçamos na acentuação gráfica. Quorum, sem acento, é latim. Em português, a palavra joga no time de álbum. Pede grampinho. Melhor: Em quase todas as sessões, não houve nem quórum para iniciar os trabalhos.
Os pronomes demonstrativos são versáteis. Têm três empregos: 1. indicam situação no espaço: Este: diz que o objeto está perto da pessoa que fala (eu, nós): esta sala (a sala em que a pessoa que fala ou escreve está); este livro (o livro que temos em mão) Esse: diz que o objeto está perto da pessoa com quem se fala (você, tu): essa sala […]