Diminutivos circulam pra cima e pra baixo. É aí que a porca entra na história e torce o rabo. Qual o plural de cãozinho? A gramática responde. Dê três passos. Um: escreva a palavra no plural (cão, cães). Dois: tire o s (cães, cãe). Três: acrescente o sufixo -zinhos. Pronto: o plural de cãozinho é cãezinhos. Viu? Cão rima com pão. Cãozinho e pãozinho também. […]
Quem fala quer ser ouvido, entendido e apreciado. Tem, por isso, de pronunciar as palavras como manda o dicionário: Dizer récord? Nem pensar. Recorde rima com concorde. Referir-se ao Prêmio Nóbel? Valha-nos, Deus. Nobel soa como anel, painel e papel. Rubrica é paroxítona como fabrica, lubrifica e sacrifica. Subsídio pertence à equipe de subsolo. Com a duplinha, o z não tem vez. Xô!
“Ver Bolsonaro jogar carvão na churrasqueira foi uma surpresa inesperada”, disse o repórter excitado. Ops! Baita pleonasmo. Joga no time do subir pra cima, descer pra baixo, entrar pra dentro, sair pra fora, elo de ligação, países do mundo. Toda surpresa é inesperada. Se o fato é esperado, surpresa não é.
Não bobeie. Expressões construídas com pronome possessivo se usam sem artigo: a meu ver, a meu lado, a seu pedido, a nosso bel-prazer (não: ao meu ver, ao meu lado, ao meu pedido). Olho vivíssimo, moçada. A ponto de, no sentido de prestes a, segue o mesmo princípio: Esteve a ponto de disputar a eleição. Chegou a ponto de morrer. Mas escapou. Mas… Você quer […]
Você é aficionado por política, futebol ou viagens? Se a resposta for positiva ou negativa, guarde isto: aficionado tem só um c.
O país mais citado na imprensa mundial? É, sem dúvida, os Estados Unidos. Na semana passada, com as eleições legislativas, as referências se multiplicaram. Os falantes, porém, nem sempre respeitam a concordância da maior potência do planeta. Muitos põem o verbo no singular. Nada feito. A duplinha Estados Unidos joga no time dos nomes escritos no plural acompanhados de artigo. O verbo concorda com o […]
Acentua-se o quê em duas oportunidades: quando for substantivo. Aí será antecedido de pronome, artigo ou numeral. Tem plural: Trump tem um quê de desvairado. Qual o mistério dos quês? Hoje tratamos do quê com acento e sem acento. Este quê não me confunde mais. Belo quê você introduziu na redação. Quando for a última palavra da frase: Trabalhar pra quê? Pediu licença, mas não […]
Dar tem dois empregos: em locução (acompanhado de outro verbo): Maria parece dar atenção ao filho. A diretora pode dar o papel ao colega. A mãe vai dar um presente ao pequeno João. nas orações reduzidas de infinitivo. Aí, vem antecedido de preposição: Trabalha para dar conforto à família. Gosta de dar esmola aos pobres. Perdeu o emprego por não dar resposta aos pacientes. Dá […]
Ruço = pardacento ou complicado: A coisa está ruça. O conflito ficou ruço. A situação do morro de Niterói está ruça. Russo = natural ou originário da Rússia: Os russos adoram vodca. Putin, líder russo, está em Paris. Gosto muito de Moscou, a capital russa.
Quem está com dengue sofre demais. Certo? Certo. Mas vale pegar carona pra levantar uma questão e lembrar uma liçãozinha de português. Às vezes demais se escreve junto. Outra vezes, separado (de mais). Como acertar sempre? Demais se usa: a) no sentido de muito, excessivamente: Comeu demais. b) na acepção de ademais, além disso: Na viagem, esteve em museus, foi ao teatro, visitou amigos, fez […]