Preso e prendido: quando usar

Publicado em Deixe um comentárioportuguês

Eta! Parece novela. Cesare Battisti passou 40 anos pra lá e pra cá. Cometeu crimes na Itália. Foi condenado a prisão perpétua. Fugiu. Morou na França. Com risco de voltar pra casa, caiu fora. Foi para o México. Depois, veio para o Brasil. Aqui, permaneceu por mais de 10 anos. Recebeu refúgio no governo Lula. No fim do ano passado, o cerco se fechou. Michel […]

Hífen: pré-

Publicado em Deixe um comentárioportuguês

Oba! Começou o carnaval. No domingo, Olinda pôs os bonecos gigantes na rua e o samba no pé. Foi o lançamento do pré-carnaval. A alegria, além da festa, trouxe às manchetes o prefixo pré-. A questão: quando usá-lo com hífen? A resposta é meio tucana. Em geral, o trio exige o tracinho, sobretudo quando a pronúncia aberta se torna bem clara. É o caso de […]

Paralelismo 1: enumerações

Publicado em Deixe um comentárioportuguês

A língua aprende a lição do corpo. No corpo, tudo o que existe aos pares tem harmonia. Temos duas orelhas, dois olhos, duas narinas, dois braços e duas pernas. Uma orelha é igual à outra, um olho igual ao outro, uma perna igual à outra. Eles são iguais porque têm funções iguais. A dos olhos é enxergar; a dos ouvidos, ouvir; a das narinas, cheirar, […]

Paralelismo 2: termos da oração

Publicado em Deixe um comentárioportuguês

Paralelismo não se observa só em enumerações. Ele pede passagem também em termos da oração. Se, por exemplo, um verbo pede dois objetos diretos, eles devem ter a mesma construção sintática. Misturar estruturas é pisar o paralelismo. Assim: Ele negou interesse no projeto e que o telefonema do deputado tivesse relação com as propostas nele apresentadas. Ele negou dois fatos: a) interesse no projeto e b) […]

Falir: conjugação

Publicado em Deixe um comentárioportuguês

Defectivo, falir só se conjuga nas formas em que não se confunde com falar. São aquelas em que aparece o i depois do l. No presente do indicativo, só o nós e o vós têm vez (falimos, falis). O presente do subjuntivo não existe. Os demais tempos conjugam-se normalmente: fali, faliu, falimos, faliram; falia, falia, falíamos, faliam; falirei, falirá, faliremos, falirão; faliria, faliria, faliríamos, faliriam; […]

Fala: provérbios

Publicado em Deixe um comentárioportuguês

A fala não é o único meio de comunicação. Mas é o mais fácil, o mais acessível. Daí por que pululam provérbios sobre o tema. “Fala pouco e bem, e ter-te-ão por alguém” recomenda discrição. Bem, no caso, não tem a ver com erudição. Refere-se a oportunidade, propriedade e sensatez. Outros ditos dão o mesmo recado. Um deles: “Quem muito fala pouco acerta”. Outro: “Em […]

Factoide & cia. -oide: significado

Publicado em Deixe um comentárioportuguês

Amigo de Bolsonaro foi escolhido para uma diretoria da Petrobras. A imprensa deu destaque fato. “É factoide”, disseram os defensores do governo. Em bom português: trata-se de fato sensacionalista, divulgado pra impressionar, causar impacto na opinião pública. O que se anunciava grande feito, porém, não corresponde à realidade. É mais ou menos como o parto da montanha. Curiosidade Factoide rima com asteroide, debiloide, mongoloide. As […]

Grafia: a família acima de tudo e de todos

Publicado em Deixe um comentárioportuguês

“Tal pai, tal filho”, prega a regra que põe a família acima de tudo. Em bom português: as palavras derivadas seguem a primitiva. Umas e outras mantêm a grafia original sem tossir nem mugir: trás, atrás, traseiro, atraso, atrasar, atrasado casa, casinha, casebre, casarão, caseiro, casamento, acasalar gás, gasolina, gasoduto, gasoso, gaseificado cruz, cruzar, cruzinha, cruzada, cruzeiro exame, examinho, examinador, examinar, examinado As palavras, como […]

Isar ou izar?

Publicado em Deixe um comentárioportuguês

Os professores repetem e repetem. O sufixo -isar não existe. Mal eles falam, a meninada se lembra de paralisar, analisar, pesquisar. As quatro letrinhas lá estão, firmes e fortes. Também se lembram de civilizar, organizar, catequizar & cia. Como explicar a aparente contradição? É simples. A chave da resposta se encontra no nome que dá origem ao verbo. Vale o exemplo de analisar. Ele é […]

Limpeza e francesa: por que o Z e o S

Publicado em Deixe um comentárioportuguês

Limpeza se escreve com z e francesa com s. Por quê? A resposta não está na pronúncia. Numa e noutra palavra o som é o mesmo. A diferença tem tudo a ver com a formação das palavras. Desde os primeiros anos de escola, estudamos o assunto. Mas dúvidas persistem sobretudo na cabeça de quem lê pouco. Ortografia é fixação. Quanto mais contato temos com a […]