Potiguar, termo que designa quem nasceu no Rio Grande do Norte, assim como suas variantes pitiguar e pitiguara, vem da língua indígena tupi. A palavra original poti’war significa “aquele que come camarão”, crustáceo encontrado com fartura no litoral do estado.
É incrível. Mas o nome de quem nasce na capital baiana vem do grego. Na língua de Platão e Aristóteles, soter significa “protetor” ou “salvador”, enquanto polis quer dizer “cidade”. Logo, soteropolitano é quem nasce na cidade do Salvador.
Quem nasce no estado do Espírito Santo recebe o nome de capixaba por influência da língua tupi, na qual kapixaba significa “terra de plantação”. O motivo é que havia, na região, muitas roças que abasteciam de alimento as tribos indígenas locais.
O termo carioca vem de duas palavras tupi: kara’iwa (homem branco) e oka (casa), que, juntas, significam “casa do homem branco”. Os índios passaram a usar a expressão logo depois da fundação do Rio de Janeiro para se referir à cidade. Como apelido para os moradores, o termo só começou a ser usado a partir do século 18.
A origem da palavra gaúcho é incerta. Ela existe também na língua espanhola e supõe-se que tenha nascido na região platina, entre o Uruguai e a Argentina, para designar os habitantes das zonas rurais que se dedicavam à criação de gado nos pampas. Os moradores do Rio Grande do Sul teriam herdado o apelido pela proximidade com os dois países.
Faz parte da tradição cultural de Santa Catarina dizer que as pessoas nascidas no estado são chamadas de barriga-verde por causa do hábito de beber erva-mate. Para os historiadores, porém, o nome vem do colete verde usado pelos soldados de um batalhão de fuzileiros catarinenses criado pelo brigadeiro Silva Pais no século 19.
Depende. Quem vem ao mundo no estado de São Paulo é paulista. Quem nasce na capital é paulistano.
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