Márcio Cotrim Antes, falemos do berço da expressão pão de açúcar. Ela vem do tupi pau-nh-açuquã, nome dado pelos tamoios, primitivos habitantes da baía da Guanabara. Significa morro alto, isolado, pontudo. Segundo Vieira Fazenda, no apogeu do cultivo da cana-de-açúcar no Brasil, depois da cana espremida, fervida e com o caldo apurado, os blocos de açúcar ganhavam um aspecto de sino de […]
No grupo de terapia, falava-se de números. Entre eles, destacou-se o cabalístico sete. Sete são os dias da semana. Sete são os pecados capitais. Sete são as colinas de Roma. Sete são os portais que a alma atravessa até chegar ao céu. Sete são as vidas do gato. Sete são as maravilhas do mundo. — E o oito?, perguntou Lia Maria. […]
Viu? A mulher esperou o marido dormir. Quando ele caiu no sono, ela deu um tiro na cabeça dele. O homem se foi. Ela ligou pra polícia e contou a arte. Os fardados chegaram à cena do crime. Ops! Surpresa! Encontraram 34 armas. Entre elas, havia fuzis, revólveres, pistolas, espingardas, metralhadoras. A imprensa noticiou. Jornais escreveram arsenal “de armas”. Bobearam. Todo arsenal é de […]
Era uma vez… As lebres viviam assustadas. Se ouviam os passos de um animal na floresta, tremiam de medo. Se o vento soprava forte, se arrepiavam. Se trovoadas ecoavam no céu, corriam pra baixo da cama. — Isso não é vida, disse a mais velha. É melhor morrer. Vamos nos jogar no abismo? Todas concordaram. Sem pensar duas vezes, correram a […]
“Entre os presentes ao ato, estava o coronel reformado do Exército, Carlos Alberto Brilhante Ustra”, escrevemos na pág. 8. Reparou? A vírgula dá um recado. Diz que o Exército só tem um coronel reformado. Falso, não? Tem vários. O nome, então, é termo restritivo. Xô, intrusa: Entre os presentes ao ato, estava o coronel reformado do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra.
Competir é o verbo. Como conjugá-lo? O trissílabo joga no time de preferir, aderir e vestir. Flexiona-se do mesmo jeitinho: eu prefiro (compito, adiro, visto), ele prefere (compete, adere, veste), nós preferimos (competimos, aderimos, vestimos), eles preferem (competem, aderem, vestem); (que) eu prefira (compita, adira, vista), ele prefira (compita, adira, vista), nós prefiramos (compitamos, adiramos, vistamos), eles prefiram (compitam, adiram, vistam). E por aí […]
A capital da China hospedará as Olimpíadas de 2008. Por isso um adjetivo ganhará as manchetes. Trata-se de pequinês. O mesmo pequinês da raça do cachorrinho de cara achatada e olhos arregalados. Ele se chama pequinês porque veio de Pequim.
Os Jogos Olímpicos se caracterizam pela exposição do atleta aos limites da força humana. Não vale recorrer a substâncias estimulantes capazes de elevar de forma artificial a energia dos competidores. O jogo sujo tem nome inglês. É doping.
Ora se ouve Olimpíada. Ora Olimpíadas. E daí? O dicionário registra as duas formas. Ambas com o mesmo significado — Jogos Olímpicos.
“O importante nestas Olimpíadas é menos ganhá-las do que participar nelas. O importante na vida não é o triunfo, mas o combate.” Eis a lição de Pierre de Coubertin, fundador dos Jogos Olímpicos da era moderna. A idéia de ressuscitar a competição veio à luz em 1894. Dois anos depois, Atenas abria os braços para os atletas de Europa, França e Bahia. Na sexta, […]