Basta

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  “Basta!”, grita a mãe com o filho. “Bastam alguns cuidados para manter os dentes perfeitos”, diz o dentista. “Basta de mentiras”, desabafa a namorada ao ver o amado com outra. Viu? É o verbo bastar em eterno cartaz. Com ele todo cuidado é pouco. Abra os olhos para a concordância.   Cuidado com a concordância quando o sujeito vem depois do verbo: Bastam algumas […]

Chavões e modismos

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    Chavão tem sinônimos. Um é lugar-comum. Outro, clichê. Alguns dizem ladainha. Também vale estribilho. Às vezes falatório. Ou bordão. FHC ressuscitou o nhenhenhém. O povo dá-lhe um nome: propaganda eleitoral. Ou discurso de político.   Na origem, chavão é chave grande. Também molde de metal. Serve para imprimir figuras e adornos nos bolos e massas. Ou para marcar gado. Tem a ver com […]

Erramos

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  “É a maior apreensão da droga no ano, recolhida durante ação realizada em conjunto com a Divisão de Operações Especiais e a Coordenação de Repressão às Drogas da Polícia Civil do DF”, escrevemos na pág. 34. Viu? Trocamos a preposição. A ação foi realizada pela Divisão de Operações Especiais em conjunto com a Coordenação de Repressão às Drogas.

Milagre na internet

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  Você viu? O Luciano Pires, do Blog do Servidor, viu e se arrepiou. Ao ler a FOLHAONLINE dinheiro, duvidou dos próprios olhos. Lá estava: “Enquanto o setor de telefonia móvel vai `de vento em polpa´…” Ops! É milagre! Transformaram o vento em massa. Ora, se o vento tem polpa, dá pra fazer um suco ou um docinho. Que tal?

Pleonasmos pra dar e vender

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  Pleonasmo vem do grego. Lá e cá tem o mesmo significado. É a redudância de termos, o exagero, a superabundância. Como excesso de sobremesa, enjoa. Nós brincamos com alguns pra lá de conhecidos. É o subir pra cima, descer pra baixo, entrar pra dentro, sair pra fora. Mas existem os engenhosos. Ao menor descuido, passam despercebidos. Nós, ingênuos, caímos na armadilha. Eles morrem de […]

Gosto do freguês

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  Maria é mais bonita que Paula? Ou é mais bonita do que Paula? Tanto faz. No comparativo de superioridade ou inferioridade, a preposição é facultativa. Fica a gosto do freguês: Vitória é mais violenta (do) que Salvador. Trabalho menos (do) que João. Maria viaja mais (do) que Cláudia, mas menos (do) que Beatriz.  

Rejane pergunta

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  A Rejane leu o post “Rubrica”. Lá no fim, está escrito: “Dá otite”. Lembrou-se, então, da observação de um amigo: “Dá não existe. Só da tem vez na língua”.   Verdade? Não. Ambas as formas existem. Mas pertencem a classes gramaticais diferentes:   Da é combinação da preposição de com o artigo a:  Daniel Dantas falou da Polícia Federal. Gostei da moda de inveno deste […]

Mistura indigesta 2

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    Leitores leram com simpatia o simpático anúncio. Sentiram certo mal-estar. Voltaram ao texto. Eureca! Ali havia uma mistura indigesta. Sabe qual é ela? Faça a sua aposta.   Se você jogou as fichas na mistura de pessoas, acertou. Na 1ª frase, o texto usa tu. Na 2ª, você. A fidelidade, no caso, se impõe. É bom ficar com um ou outro:   — Adorei conhecer […]

O verbo certo

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  Você viu? Daniel Dantas apareceu na CPI dos Grampos. Seguro, disse o que queria dizer. Sobretudo mandou recados dirigidos a bons entendedores. Os demais ficaram com o verbo depor. Lembraram-se de pormenor pra lá de importante. Depor, derivado de pôr, arma ciladas no futuro do subjuntivo. É um tal de “se ele depor” pra lá e pra cá que fica a impressão de que […]