“Combater a corrupção é compromisso firmado entre mim e o presidente Bolsonaro”, disse Sérgio Moro. Viva! O ministro pertence ao seleto clube dos que usam o pronome mim como manda a norma culta. Depois de preposição, o mim pede passagem: Este livro é para mim. Ele gosta de mim. Referiu-se a mim. Trabalhou para mim. Combinação feita entre mim, você e o diretor.
Canja de galinha? É pleonasmo. Canja é sempre de galinha. Ganha um bombom Godiva quem fizer canja com outro ingrediente. Tentou? O resultado é… sopa.
A estiagem faz estragos. Resseca a pele, maltrata os cabelos, desidrata descuidados. O pior: faz arder nosso paraíso verde. A floresta em chamas acendeu suspeitas na cabeça do presidente. Bolsonaro disse que ONGs são responsáveis pelos estragos. Como? Segundo ele, as organizações não governamentais conjugam o verbo incendiar. Elas ateiam fogo no mundão sem fim de árvores e arbustos. De quebra, sobra pra bicharada. Será? […]
Tendências vão e vêm. Roupas, cores, acessórios revivem anos idos e vividos. Ao falar nelas, impõe-se abrir os olhos e aguçar os ouvidos. Diga anos sessenta, anos oitenta, anos noventa e por aí vai. O singular do numeral se explica. Escondidinha, está a expressão “da década de”: anos (da década de) sessenta, anos (da década de) cinquenta, anos (da década de) vinte.
“Blusa em seda”, “calça em veludo”, “chale em tricô”, informam elegantes especialistas no assunto. Nada feito. Eles trocaram a preposição. A blusa (é feita) de seda. A calça, de veludo. O chale, de tricô. Mesmo time Não só o tecido exige a preposição de. Construções semelhantes jogam na mesma equipe: Cadeira de couro, aliança de prata, mesa de madeira, escultura de cerâmica, boneca de louça, […]
A ordem é o vale tudo. Ou quase tudo. Misturas exóticas se exibem sem constrangimentos nas passarelas da moda primavera-verão. Flores, listras, laços, superposições aparecem nos modelos expostos em vitrines pra lá de tentadoras. O conjunto tem um quê sensual e romântico. Acostumados às palavras francesas e inglesas que imperam no mundo da moda, comentaristas não vacilavam na pronúncia de top models, glamour, high-tech, charme, […]
Se eu me abster? Se eu me abstiver? Na língua, a família está acima de tudo. Abster-se sabe disso. O danadinho é derivado de ter. Um e outro se conjugam do mesmo jeitinho, observadas as regras de acentuação: eu tenho (me abstenho), ele tem (se abstém), nós temos (nos abstemos), eles têm (se abstêm); eu tive (me abstive), ele teve (se absteve), nós tivemos (nos […]
“Os livros não matam a fome, não suprimem a miséria, não acabam com as desigualdades e com as injustiças do mundo, mas consolam as almas e fazem-nos sonhar.”
Estudo encomendado pela rede de livrarias britânicas Borders reforçou o ditado “mente sã, corpo são”. O ato de ler gasta calorias. O estudo foi além: comprovou que, ao ler livros de ação, sexo e suspense, a taxa média de calorias gastas dobra. Isso se deve ao fato de que livros ligados a esses temas provocam a produção de adrenalina, hormônio que prepara o corpo para […]
Que emoção! Os diminutivos deixam a razão pra lá e falam de carinho, amor, ódio, ironia. Por isso têm manhas na flexão do plural. Pra chegar lá, temos de vencer três etapas. Uma: pôr o nome no plural. A outra: apagar o s. A última: acrescentar o sufixo –zinhos ou -zinhas. Assim: botão — botõe(s) — botõezinhos animal — animai(s) — animaizinhos pão — pãe(s) […]