Adeus, horário de verão

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  O horário de verão acabou. Alguns lamentam. Outros comemoram. Os tristes e os alegres tomaram uma providência . Atrasaram os relógios. Na passagem do sábado para o domingo, eles tiveram duas meias-noites. Uma no horário velho. A outra, no novo. O plural se explica. Meia e noite são palavras flexionáveis. Jogam no time de meios-fios e meios-dias.  

Wilson Ximenes pergunta

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  Na matéria “Jantar com comunistas”, publicada no domingo, o Correio Braziliense caprichou nos pronomes, hein? Olha só: “No início da sua carreira política, o atual presidente do Senado, José Sarney , teve sua vida monitorada pelo serviço secreto brasileiro. Seus passos foram descritos em informes que narravam suas atividades parlamentares e seus encontros políticos realizados em fevereiro de 1960”. Alguns podem cair fora, não? […]

O burro e as cigarras — a inveja

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  Era uma vez… Um burro andava pela floresta. Estava distraído, olhando pra lá e pra cá. De repente, ouviu um belo canto. Prestou atenção. Eram as cigarras que soltavam a voz. Morto de inveja, ele perguntou:   — O que vocês comem pra cantarem assim tão lindamente?   — Comemos orvalho, disseram elas.   O burro não pensou duas vezes. Passou dias comendo orvalho. […]

Erramos

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“Em visita a Brasília, o chanceler Gonzalo Fernández discute com o colega Celso Amorim a eliminação da moeda americana no comércio bilateral. Eletricidade brasileira ajudará a compensar os efeitos da seca”, escrevemos na pág. 33. Reparou? O segundo período não conversa com o primeiro. Sem coesão, o texto virou o samba do sutiã doido.

Autoflagelo?

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Será? A polícia suíça diz que Paula Oliveira mentiu. Ela disse ter sido atacada por neonazistas. Por causa da agressão, teria interrompido a gravidez. Os investigadores afirmam que ela não estava grávida. Mais: levantam a suspeita de que os ferimentos foram causados por ela mesma. Ao notociarem o fato, repórteres tiveram uma dúvida. Como escrever autoflagelo? Junto? Separado? Com hífen? A reforma ortográfica trata do […]

Xô, estrangeiro

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A pernambucana Paula Oliveira morava na Suíça. Ao voltar pra casa, foi torturada por três neonazistas. Ficou com o corpo retalhado e perdeu os gêmeos que esperava. Razão da barbárie: xenofobia. A palavra vem do grego. Xénos quer dizer estrangeiro. Phobein, odiar. Xenofobia é, pois, ódio ao estrangeiro. O contrário? É xenomania — paixão pelo que vem do exterior.

Roldão Simas comenta matéria do Correio

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                                            O tópico “Trânsito Modificado”,  da coluna da Grita Geral, menciona  “nas Boulevares”.      Alguns enganos:     1. Não se justifica o uso de inicial maiúscula para um substantivo comum     2. a palavra é um substantivo masculino     3.  o termo francês tem um ‘d’ final: boulevard     4. a palavra está aportuguesada e registrada no dicionário como ‘bulevar’     5.  bulevar é […]

Pecados e pecadores

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  Pecar é humano? É. Na lei de Deus, há pecados e pecados. Existem os leves. São os veniais. Enfraquecem a graça. Mas não a destroem. Existem os mortais. Deus nos proteja! Levam à danação da alma. Na língua, a coisa é parecida. Há os deslizes bobos. Só se notam na escrita. Na fala, passam despercebidos. São os erros de nível 1. Há os mais […]