“França contradiz presidente Lula e nega que irá compensar as famílias das vítimas do acidente”, escrevemos na pág. 12. Viu? Tropeçamos no futuro outra vez. A indicação do porvir tem duas formas. Uma simples (compensará). Outra composta, formada pelo presente do indicativo do verbo ir + o particípio do verbo principal (vai compensar). Nós pusemos o auxiliar no futuro. Cochilamos.
O ministro da Educação exigiu rede nacional no horário nobre — às 20 horas de ontem. “Cada aluno poderá pleitear uma vaga independente do domicílio”, disse. “Uiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!”, gemeram os telespectadores. Fernando Haddad trocou as bolas. Ele quis dizer independentemente (sem levar em conta). Disse independente (livre). Confundiu Germano com gênero humano.
O governador tentava a reeleição. “Neste bolso nunca entrou dinheiro do povo”, disse no alto do palanque. “Tá de calça nova, né?” respondeu um gaiato no meio do povão.
“Coisa começada tem fim.”
Mensagem O acidente da Air France matou 228 pessoas. Entre eles, brasileiros, franceses, alemães. Dois brasilienses estavam na lista de passageiros. Ambos eram ligados ao mundo da música. Um: o maestro Sílvio Barbato. Ele regeu a orquestra do Teatro Nacional de Brasília durante 12 anos. A outra: Juliana de Aquino. A cantora lírica morava na Alemanha desde 2003. A tragédia deixou famílias tristes e amigos […]
“Israel é o estado do povo judeu e assim será”, escrevemos na pág. 16. Cochilamos, não? Estado, no sentido de país, escreve-se com a inicial maiúscula: Israel é o Estado do povo judeu e assim será.
Que dorrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr! O Bom-Dia, Brasil deu um soco n o ouvido dos telespectadores. Por quê? Pôs um baita acento no i de gratuito. Esqueceu-se de que o ui de gratuito se pronuncia do mesmo jeitinho do ui de fortuito e circuito. As duas letrinhas formam ditongo. Não se separam nem a pedido dos deuses do Olimpo.
— Crase antes de pronome possessivo? Os precipitados têm a resposta na ponta da língua: — É facultativa. Os atentos pensam duas vezes: — Depende da frase. E daí? O pronome possessivo goza de privilégios. Ora vem acompanhado de artigo. Ora não. Por isso, a gente pode dizer: Minha cidade tem duas faculdades. A minha cidade tem duas faculdades. A crase é a fusão […]
“Pode-se dizer a maior besteira. Mas, se for dita em latim, muitos concordarão.” Sérgio Porto
1. Você gosta de uma sopinha? Que tal uma canja? Bom, né? O caldo quentinho cai bem, dá conforto ao estômago, aquece a alma. Mas, ao falar em canja, lembre-se. Toda canja é de galinha. Se não for, pode ser tudo. Menos canja. Se algum teimoso insistir na canja de galinha, coitado dele. Pode ter indigestão. Não corra riscos. Tome canja. O estômago agradece. A […]