Leitores são pessoas atentas. Focam na notícia e na língua. Bobear é proibido. Outro dia, o Correio chamou homens e mulheres que se vestem com roupas do sexo oposto de “as travestis”. Bobeou. O leitor Sérgio Peixoto viu. E comentou: “O Correio trouxe a notícia da desarticulação de uma quadrilha que explorava transexuais e travestis no DF. Empregou o substantivo só na forma feminina quando se tratava de homens travestidos de mulher — todos do sexo masculino. Ou seja: os travestis, não as travestis. O substantivo é comum de dois gêneros (como estudante). O artigo varia conforme o gênero. As travestis no caso de mulheres travestidas de homem. Os travestis para eles que se vestem como elas”.