Brasília sedia o Fórum Mundial da Água. É um privilégio. Pela primeira vez, a América Latina recebe o evento. Estudiosos, cientistas, governantes, ONGs discutem o bem mais precioso da atualidade. Tão precioso que, sem ele, a vida não existiria. O povo, que não é bobo, lhe reserva lugar especial no panteão dos deuses. Os gregos servem de exemplo. Criaram Possêidon, o senhor de 70% da Terra. Nada mais oportuno, pois, que falar sobre o assunto. Vamos lá?
O deus dos rios e oceanos
Possêidon, o deus das águas, mora no fundo do mar. Ali, construiu um palácio pra lá de luxuoso. Para dar umas voltinhas na terra, tem um carro puxado por cavalos muito especiais. Os pés deles parecem palmas da mão humana. Na viagem, sereias vão junto. Cantam e tocam música o tempo todo.
Um dia, o ilustre senhor ganhou um tridente. Gostou tanto do presentinho que andava com ele por todos
os lugares — no banho, no almoço, na cama. Sabe por quê? O tridente torna o deus superpoderoso. Com ele, provoca tempestades e terremotos. Oceanos, mares e rios viram infernos. Às vezes, as águas devoram os navios. Outras vezes, desviam as embarcações do caminho. É um caos.
Mas Possêidon também faz bondades. Quando está de bom humor, protege os navegantes. Acompanha-os nas viagens. Desvia-os dos perigos. E eles chegam em casa salvos e felizes. É uma festa. Em suma: o deus manda e desmanda nas águas por este mundão afora. Tem tanto poder que enche o fundo dos mares de rochas. São as rochas netunianas.
O porquê
Rochas netunianas? É isso mesmo. Os deuses da mitologia grega foram adotados pelos romanos. No império dos Césares, mudaram de nome. Zeus virou Júpiter. Dionísio, Baco. Hermes, Mercúrio. Possêidon, Netuno.