Santo Antônio, São João e São Pedro recebem homenagens em junho. Dois sobressaem. Um: o santo casamenteiro. Missas, promessas e mandingas se espalham Brasil afora. A razão é simples. Encontrar a cara-metade é tarefa árdua. Tão árdua que, dizem, Santo Antônio pediu ajuda a São Judas Tadeu — o senhor das causas (quase) impossíveis.
A outra celebridade é São João. Com ele só a alegria tem vez. Nas comemorações em clubes, igrejas, escolas e casas particulares, a fogueira centraliza a atenção. Em torno dela, quadrilhas, casamentos caipiras e comidas gostosas circulam sem cerimônia. Todos prestam atenção a pormenor pra lá de importante. Trata-se da grafia das palavras — São João, o santo, é nome próprio. Escreve-se com as iniciais grandonas. A festa é são-joão. Substantivo comum, grafa-se com as iniciais pequeninas e hífen.
Dois jeitos
Os santos dão seus pulinhos. O nome deles ora é antecedido de santo, ora de são. As duas palavras têm o mesmo significado. Querem dizer indivíduo que foi canonizado. São é forma apocopada. Preguiçosa, deixou a última sílaba no caminho como frei (freire), bel (belo), mui (muito). Quando usar o monossílabo e o dissílabo?
Santo, com letra maiúscula, tem vez antes de nomes iniciados por vogal ou h: Santo Antônio, Santo Agostinho, Santo Hilário.
São, com inicial grandona, pede passagem nos demais casos: São Bento, São Carlos, São Caetano.
Exceção? No duro, no duro, só uma. É São Tirso. Há dois indecisos (São Tomás ou Santo Tomás, Santo Borja ou São Borja).