Maio se foi. Com ele, a deusa Maia dá adeus a 2018. Ela se identifica com a primavera no Hemisfério Norte. As comemorações que se faziam depois do frio e da neve reverenciavam Maia e Flora — divindades relacionadas ao crescimento de plantas e flores. Daí o nome do mês que se despediu na quinta-feira. Até 2019.
O vaivém
O calendário não admite vazios. Um mês se vai, outro vem. Agora, junho pede passagem. Nós o recebemos com banda de música e tapete vermelho. A razão: ele homenageia a primeira-dama do Olimpo.
Juno se casou Zeus, o deus dos deuses. Os dois vivem no Olimpo. Lá, ela se senta ao lado dele. E, sempre que pode, acompanha o maridão nas idas e vindas mundo afora. Ele a engana a torto e a direito. Ao ver um rabo de saia, arranja um jeitinho de distrair a mulher. E, livre, cai na gandaia. Quando ela descobre, vinga-se sem piedade.
Uma das vítimas foi Hércules. Ele era filho de Zeus com a mortal Alkmena. Como desforra pela traição, ela mandou serpentes sufocar o bebê no berço. Fracassou. Mais tarde, enlouqueceu o jovem. Ele, então, matou os filhos. Como castigo, teve de enfrentar perigos enormes. Foram os 12 trabalhos de Hércules.
Por defender o casamento, Juno se tornou a protetora dos casais, da família e da maternidade. Os homens, então, lhe fizeram uma homenagem. Deram-lhe de presente o sexto mês do ano. Para lembrar Juno, junho se chama junho.