De um lado, festa. De outro, mortes por atacado. No meio, Jerusalém. Israel e Palestina reivindicam a cidade santa. A ONU dividiu a urbe em duas partes. Uma para cada povo. Os Estados Unidos entraram na disputa. Inauguraram a embaixada do país no espaço em disputa. Resultado: reconheceram os judeus como vencedores da contenda. Daí os confrontos.
Volta à mitologia
A confusão trouxe à tona expressão pra lá de conhecida. É pomo da discórdia. As três palavrinhas remetem à mitologia grega. Eis a história: Peleu e Tétis se casaram. Deram um festão. Os amigos foram convidados. No corre-corre, os noivos se esqueceram de Éris, a deusa da discórdia. Indignada, ela decidiu se vingar. Mandou fazer um pomo de ouro. Nele, escreveu: “Para a mais bela”.
No dia do casamento, a penetra, como quem não quer nada, pôs a maçã dourada em cima da mesa. Atenas, Hera e Vênus se candidataram ao prêmio. Para ganhar o troféu, elas apelaram para o suborno. Ao desfilarem diante de Páris, o juiz, cada uma fez uma promessa:
— Eu prometo tornar você um rei poderoso, dono de toda a Ásia, jurou Hera.
— Eu lhe ofereço a sabedoria e a glória, garantiu a Atena.
— Eu lhe darei o amor da mais linda mulher que existe sobre a Terra. É Helena, a rainha dos gregos, disse Vênus.
Páris escolheu Vênus. A deusa cumpriu a palavra. Ajudou-o a conquistar Helena. Ele raptou a rainha e a levou para Troia. Foi assim que começou a guerra de Troia. Da história nasceu a expressão pomo da discórdia. Significado: causa de uma briga.