É o embate da semana. De um lado, a ministra da Agricultura, Teresa Cristina. De outro, a modelo Gisele Bündchen. A top alardeou mundo afora que o Brasil desmata as florestas. A titular da pasta do agronegócio não gostou. Disse que quem fala mal do Brasil no exterior é mau brasileiro. Gisele não deixou por menos: “Mau brasileiro é quem desmata”. E daí? Enquanto elas discutem, vale uma diquinha de português: o emprego do mau e do mal.
Mau é contrário de bom. Na dúvida, faça a substituição. Você acertará sempre: mau brasileiro (bom brasileiro), mau humor (bom humor), mau datilógrafo (bom datilógrafo), mau tempo (bom tempo), homem mau (homem bom).
Para não esquecer, lembre-se da rima: “Eu sou o lobo mau (bom), lobo mau, lobo mau / Eu pego as criancinhas pra fazer mingau”. Uau! Mau e mingau jogam no mesmo time.
Mal é o oposto de bem. Com ele também vale a regra do troca-troca:falar mal do Brasil (falar bem), mal-humorado (bem-humorado), mal-estar (bem-estar), mal-agradecido (bem-agradecido). A tuberculose foi o mal (bem) do século passado. Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe.
É isso. Com o macete, a alternativa é uma só – acertar ou acertar. Adeus, razões para estar de mal com a língua. Adeus, língua que fala mal do mal e do mau.