Filhos do tempo

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“Não existe acaso”, dizem os psicólogos. Estarão certos? Se a resposta for sim, explica-se por que o Dia dos Pais se comemora em agosto. A Igreja Católica dedica o 8º mês do ano às vocações. A princípio, à sacerdotal. Depois, às demais. Entre elas, ser pai. Trazer crianças ao mundo exige algo mais que procriar. Exige dar o nome, alimentar e acolher. Exige, sobretudo, preparar o filho pra viver o próprio tempo.

Como? Com a certeza de que nossos filhos não são parecidos nem com o pai nem com a mãe. São parecidos com a época deles. Qual? O futuro. Como ninguém conhece o porvir, há que prepará-los para o desconhecido. Dar-lhes instrumentos que os tornem aptos a enfrentar o que der e vier. O melhor: a autoestima. Com o amor próprio em alta, a criaturinha que vira criatura acredita em si. Manda o medo plantar batata no asfalto.

Por falar em vocação…

Vocação pertence à família de vocativo. Filho do latim vocare, quer dizer chamar. Seguir a vocação é atender a voz interior — ouvir o apelo da alma. “É feliz quem faz aquilo de que gosta”, dizem os psicólogos.