Dois duros não fazem bom muro. Bando sabe disso. A palavra é mais versátil que cintura de político mineiro. Engloba muitos seres. Dá nome ao coletivo de pessoas em geral, de aves, de ciganos, de bandidos: bando de garotos, bando de ciganos, bando de ladrões.
Atenção, gente fina. Bobear é proibido. Embora agasalhe muitos seres, o coletivo é substantivo singular. Na concordância, o verbo vai atrás: O bando de ladrões atravessou a fronteira. O pessoal chega pontualmente às 8h. A assembleia dos ratos decidiu pendurar um guizo no pescoço do gato. A claque, muito bem paga, aplaudiu o político.
Um e muitos
Há coletivos e coletivos. Alguns são óbvios. A gente os aprende na escola. É o caso de rebanho (ovelhas), vara (porcos), alcateia (lobos), matilha (cães), cacho (bananas, uvas), biblioteca (livros), arquipélago (ilhas) e constelação (astros e estrelas). Outros são menos conhecidos. Como não frequentam nosso dia a dia, ficam guardadinhos nos escaninhos da memória. Que tal trazê-los à luz?
Colônia — de imigrantes, de bactérias, de formigas
Comunidade — de cidadãos
Congresso — de deputados, de senadores, de diplomatas, de cientistas, de estudiosos
Corja — de bandidos, de bêbados, de vagabundos, de assassinos
Feixe — de lenha, de raios luminosos
Pinacoteca — de quadros
Plantel — de craques, de animais de raça
Vocabulário — de palavras