Seguuuuuuuuuuuuuuuuura! O Planalto postou este tuíte: “Nova Previdência. Entenda porque é tão importante”. Seguidores reclamaram. “O porquê”, disseram eles, “está errado”. O Planalto corrigiu. Assim: “Nova Previdência. Entenda porquê é tão importante”. Valha-nos, Deus! Errou duas vezes. Por quê? Porque o emprego dos porquês tem regras. Usa-se:
Por que
- nas perguntas diretas: Por que a nova previdência é tão importante?
- quando o porquê for substituível por a razão pela qual: Nova Previdência. Entenda por que (a razão pela qual) é tão importante.
Por quê
Só no fim da frase: A nova Previdência é tão importante por quê? A nova Previdência é importante. Entenda por quê (a razão pela qual é tão importante).
Porque
Na resposta a perguntas ou na indicação de causa: A nova Previdência é importante porque evitará a falência do Estado.
Porquê
Só tem vez quando o porquê for substantivo (em geral estará acompanhado de artigo, numeral ou pronome). Flexiona-se em número: Eis o porquê da importância da nova Previdência. Na entrevista, o ministro respondeu aos porquês dos repórteres. O Planalto tropeçou no emprego do porquê.
É isso. O Planalto mereceria nota mil com esta frase: A nova Previdência. Entenda por que é tão importante.