As siglas não dão folga. Você abre o jornal, lá estão elas. Liga a tevê, não dá outra. Conversa com os amigos, as danadinhas aparecem. É ONU pra lá, PT pra lá, PM, UTI, Embratur pracolá. O Programa de Aceleração do Crescimento perdeu o tamanhão original. Virou PAC.
Até as pessoas se transformam em siglas. É o caso de FHC. Fernando Henrique Cardoso governou o Brasil de 1994 a 2002. Em oito anos, fez e aconteceu. ACM também virou sigla. Antônio Carlos Magalhães, o rei da Bahia, era temido no estado e fora dele.
Se as siglas fazem parte da vida, não adianta bancar o cego. O jeito é aprender a lidar com elas. Como escrevê-las? Todas as letras maiúsculas? Com ponto ou sem ponto entre as letras? Com o s de plural ou não? Gramáticas não se preocupam com o assunto. O problema caiu no colo de jornais e revistas. Eles ditam normas.
Use todas as letras maiúsculas:
1. se a sigla tiver até três letras: Organização das Nações Unidas (ONU), Ministério da Educação (MEC), unidade de terapia intensiva (UTI), Polícia Militar (PM), Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa).
2. se todas as letras forem pronunciadas: Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Nos demais casos, só a inicial é grandona: Departamento de Trânsito (Detran), Organização dos Produtores Exportadores de Petróleo (Opep), Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Departamento Nacional do Trânsito (Denatran).
Atenção, gente fina. Escreva os serezinhos sem ponto. Se estiverem no plural, o s minúsculo pede passagem: PMs, Detrans, UTIs.