Chocolate é elefante sim, senhores

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Que calorão! As altas temperaturas maltratam. Pessoas se viram — usam roupas leves, tomam chuveiradas, mergulham na piscina, ligam ventiladores, recorrem ao ar condicionado. E os animais? A bicharada também sofre. Chocolate serve de exemplo. O elefante do Zoológico de Brasília exibe ferimento nas costas. Pra se refrescar, joga lama no corpo. Ops! A coisa se agrava.

Veterinários cuidam do grandão. Ele toma remédio e recebe curativos. Vai melhorar. Enquanto se dá tempo ao tempo, valem duas curiosidades. Uma: o feminino do trombudo. São três formas — elefanta, aliá (herdado do Sri Lanka) e elefoa, que o Aurélio e o Houaiss não abonam. O polissílabo só aparece no Vocabulário ortográfico da língua portuguesa (Volp).

A outra curiosidade tem a ver com a etimologia. De onde vem o nome elefante? A palavra chegou ao português nosso de todos os dias por meio do latim elephantus. Mas não nasceu na terra dos Césares. Veio ao mundo na Grécia. Lá, eléphas-antos designava dois seres – o bicho e o marfim. Não é por acaso. Cobiçadas, as presas do animal são marfim pra lá de valioso.