O verbo chegar é fiel e não abre. Apaixonado desde sempre pela preposição a, não quer mudar o objeto do desejo. Esteja onde estiver, chegue aonde chegar, a companhia dele é uma só:
A polícia chegou ao local logo depois da explosão em Nova York.
Chegou a Brasília.
O voo chega ao Rio antes das duas horas.
Aonde você quer chegar? A lugar nenhum.
Desavisados tentam jogar o verbinho no mau caminho. Impõem-lhe a preposição em. Sem constrangimento, dizem “chegou no Brasil, chegou em São Paulo, chegou no aeroporto”.
— Xô, satanás!, reage o obsessivo, que só tem olhos para o a.