Categoria: português
Janta ou jantar? As duas palavras funcionam como substantivo. No caso, dão nome à comidinha servida à noite. Qual delas usar? Depende do gosto do freguês. Os gaúchos adoram janta. Cariocas, paulistas, mineiros e brasilienses, jantar.
“Tenho encontrado bastantes pessoas maçantes e vazias como livros ruins, e muitos livros tão vivos como pessoas cheias de flama ou sabedoria. Não gosto dos homens que falam como um livro, mas adoro os livros que falam como um homem.” (Claude Roy)
Novembro é azul. É, também, negro. No 11º mês do ano, comemora-se a consciência negra. O evento traz à tona palavra tão antiga quanto a arca de Noé. É o caso de racismo. Outras mais recentes como consumismo. Mofadas ou fresquinhas, elas têm um denominador comum. Trata-se do sufixo -ismo. As quatro letrinhas, que vêm do grego, são pra lá de férteis. Formam palavras a […]
“Todos os gêneros são bons, afora o gênero tedioso.”
“Se, por um lado, pode estimular pagamentos extras por produtividade, causará perda de arrecadação ao governo”, escrevemos na pág. 7. Ops! Cadê o paralelismo? Por um lado exige o outro lado. Assim: Se, por um lado, pode estimular pagamentos extras por produtividade, por outro causará perda de arrecadação ao governo.
As palavras, como as pessoas, têm manias. Combinam. Brigam. Fazem exigências. Armam ciladas. Um verbo cheio de caprichos é o acontecer. Elitista, ele tem poucos empregos. E quase nenhum amigo. Mas, por capricho do destino, os colunistas sociais o adotaram. A moda se espalhou como fogo morro acima ou água morro abaixo. O pobre virou praga. Tudo acontece. Até pessoas: Trump está acontecendo na Ásia. […]
“Só se escreve para provocar um amigo, conquistar uma mulher ou ganhar muito dinheiro.”
“Serão votados nesta semana textos que preveem desde o fim do saidão de presos à obrigatoriedade de bloqueadores de celulares em cadeias”, escrevemos na pág. 3. Viu? Faltou paralelismo. A preposição desde exige o parzinho até. O à é membro do casalzinho da, do…à. Melhor reconciliar as partes: Serão votados nesta semana textos que preveem desde o fim do saidão de presos até a obrigatoriedade […]
“O que pareciam problemas graves, depois do bode parecem plenamente suportáveis”, dizia o editorial do jornal. Lia Souza, lá de Formosa, estranhou a construção. “Será o verbo parecer diferente dos demais? Ele foge à regra geral de concordância?”, pergunta. O sujeito da frase está na cara. É o pronome que. Ele se relaciona ao antecedente o, que significa aquilo (Aquilo que pareciam problemas graves, depois do bode […]
Etc. tem ponto no final. Se coincidir com o ponto do fim da frase, devem-se usar os dois pontos? Não. Fiquemos com um ponto só: Comprei laranja, maçã, pêssego, abacaxi etc. (A vírgula antes do etc. é facultativa. Você escolhe.)