Categoria: português
Só o último elemento vai para o plural em três casos: se apenas o primeiro for invariável:arranha-céus, guarda-roupas, beija-flores, vice-governadores, sempre-vivas, vira-latas, abaixo-assinados, caça-níqueis, ave-marias, salve-rainhas, alto-falantes, mal-humorados, recém-nascidos; se o substantivo for formado por elementos onomatopaicos ou palavra repetida:bem-te-vis, tico-ticos, reco-recos, quero-queros, quebra-quebras, tique-taques; se primeiro elemento for redução de um adjetivo (bel, de belo, grã ou grão, de grande): bel-prazer (bel-prazeres), bel-jardinense (bel-jardinenses), […]
Ambos os elementos vão para o plural se os dois forem variáveis: cirurgiões-dentistas, tenentes-coronéis, águas-fortes, barrigas-verdes, cartões-postais, altos-relevos, más-línguas, baixos-relevos, redatores-chefes, segundas-feiras, primeiros-ministros, pesos-penas, meios-termos, os surdos-mudos. Se, havendo dois substantivos, o segundo der ideia de finalidade, semelhança ou limitar o primeiro, impera a dose dupla – flexiona-se o primeiro ou os dois. É acertar ou acertar: vale-transporte (vales-transporte, vales-transportes), vale-refeição (vales-refeição, vales-refeições), pombos-correio (pombos-correio, pombos-correios), […]
Só o primeiro elemento vai para o plural se preposição ligar as palavras: pés de moleque, pernas de pau, joões-de-barro, mulas sem cabeça, câmaras de ar, pães de ló, fogões a gás, estrelas-do-mar. Quando o segundo elemento estiver no plural, mantém-se o plural dele e flexiona-se o primeiro se for flexionável: mestres de obras.
A língua é diversificada como os falantes. Pra satisfazer a gregos, troianos e baianos, criou formas de nomes compostos. O plural depende da formação de cada uma delas. Desvendado o mistério, adeus, dúvida. Não varia o substantivo formado por palavras invariáveis ou o que tiver o último elemento já no plural: os leva e traz, os diz que diz, os faz de conta, os bota-fora, […]
“Fala pouco e bem, e ter-te-ão por alguém.”
Viva! Dezenove de novembro é Dia da Bandeira. O símbolo nacional nasceu em 1889, pouco depois da Proclamação da República. A obra não se deve a um só homem. Vários brasileiros ajudaram na tarefa. Raimundo Teixeira Mendes e Miguel Lemos se encarregaram do projeto. Décio Valadares, da arte. Desenhou o retângulo verde, o losango amarelo, o círculo azul e a faixa branca. O hino […]
“…cabe aos Estados-Membros assegurarem a igualdade de acesso”, escrevemos na pág. 9. Viu? Abusamos da flexão. Melhor economizar. Assim: …cabe aos Estados-Membros assegurar a igualdade de acesso (assegurar a igualdade de acesso cabe aos Estados-Membros).
Estava revisando o manual de um software quando me deparei com a seguinte frase: Na aba Banco de Dados, estará as informações definidas anteriormente. Uiiiiiiiii! Corrigi para: Na aba Banco de Dados, estarão as informações definidas anteriormente. Estou certa? Sei que posso mudar as palavras de lugar para evitar a confusão, mas gostaria de saber o que está realmente certo. (Sandra Silva) Oba! Você escapou […]
Saiu no jornal: “Mesmo com o aumento de 77%, trabalhadores asiáticos da indústria têxtil continuam sendo os operários mais mal pagos do planeta”. Leitores estranharam. Não seria pior pagos? Nãooooooooooooooooooo! Antes de particípio, melhor e pior perdem a vez. Mais bem e mais mal abrem alas e circulam sobre tapete vermelho ao som de Mozart, Bethoven e Vivaldi: texto mais bem escrito, trabalho mais bem […]
“O Ministério Público pediu as prisões preventivas de políticos”, anunciou o telejornal. A frase arranhou os ouvidos? Com razão. O plural sobra: O Ministério Público pediu a prisão preventiva de políticos. O mestre de cerimônias anunciou a presença do presidente, do governador e do prefeito. A universidade divulgou o nome dos aprovados no vestibular.