Categoria: português
“As mesmo tempo em que há o desejo de renovação, as regras eleitorais não nos permite achar que ela será muito grande”, escrevemos na pág. 2. Viu? Pisamos a concordância. O sujeito plural (regras eleitorais) exige o verbo no mesmo número. Melhor: As mesmo tempo em que há o desejo de renovação, as regras eleitorais não nos permitem achar que ela será muito grande.
Parecido não é igual. Mais e mas têm alguma semelhança. Mas não se conhecem nem de elevador: Mais é o contrário de menos: Trabalho mais (menos) que ele. Se pudesse, comeria mais (menos). Carla é mais (menos) bonita que Beatriz. Mas quer dizer porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto: Trabalho muito, mas o salário é sempre mais curto que o mês. Estudei pouco, mas tirei […]
A vírgula é uma parada pequena. O ponto, uma pausa prolongada. As reticências são sonhos, suspiros apaixonados. A exclamação e a interrogação traduzem dúvida ou encantamento. E o ponto e vírgula? É o sinal mais sofisticado da língua. Pode-se viver sem ele, mas, com ele, vive-se com mais requinte. Passeie os olhos por jornais e revistas. Raramente você verá o casalzinho. Por quê? Poucos sabem […]
Hermes, o mensageiro dos deuses, morava no Olimpo. Com asas nos pés e na cabeça, vivia pra lá e pra cá levando e trazendo recados. Um dia, encontrou Afrodite, a mais bela criatura de todos os tempos. Não deu outra. Casaram-se e tiveram um filho. Que nome lhe dar? Sugestão daqui, palpite dali, decidiram adotar o hábito de muitos brasileiros. Chamaram-no Hermafrodito. Um pedacinho vem […]
Sabia? As palavras se parecem com as criaturas humanas. Fazem agrados, dizem desaforos, cortam relações. O pronome todos não foge à regra. Ele é inimigo do numeral dois (todos os dois). Não os junte. Diga os dois ou ambos.
O artigo é pequeno. Mas faz senhora diferença. Veja, por exemplo, todo mundo e todo o mundo: Todo mundo é forma coloquial. Significa todos: Todo mundo aplaudiu o convidado. Todo mundo considerou o discurso realista. Nem Cristo agradou a todo mundo. * Todo o mundo quer dizer o mundo inteiro: Passou a vida viajando. Conhece todo o mundo. O sonho da Vera é conhecer todo […]
“Todos setores temem o futuro”, escreveu o Correio Braziliense. Leitores ficaram com a pulga atrás da orelha. Leram e releram a frase. Tornaram a fazê-lo. Deram-se conta de que algo estava destoando. O pronome? Não. O substantivo? Não. Eureca! O texto sonegou o artigo. Sem ele, fica o dito pelo não dito. A construção é ilustre desconhecida na língua de Camões, Machado e Clarice. Dois […]
“Nunca aprendemos finalmente, mas provisoriamente. Tudo que se aprende se desgasta, tudo que foi novo envelhece. “
Frio e quente se usam para tempo: tempo quente, tempo frio, dia quente, dia frio, tarde quente, tarde fria. 2. A temperatura não pode ser quente ou fria. É alta ou baixa, elevada ou reduzida.
O superlativo absoluto sintético é cheio de poder. Uma só palavra revela tudo. Basta um sufixo. Em geral, o –íssimo resolve (belíssimo, velhíssimo, limpíssimo). Mas há vocábulos que pedem outro (facílimo, macérrimo, paupérrimo). Outros têm duas formas. Uma popular (negríssimo, docíssimo, nobríssimo). Outra erudita (nigérrimo, dulcíssimo, nobilíssimo). Há, também, o supersuper – o superlativo que dobra o i. Coisa rara. Só cinco ou seis adjetivos […]