Categoria: português
“… o que seria muito bem-vindo, já que temos poucas opções de tratamento para essa doença”, escrevemos na pág. 14. Viva! Bem-vindo se escreve assim: um pedaço lá e outro cá. No meio, o hífen.
“Talvez algum medicamento que haja de forma semelhante à morfina ou à heroína consiga aumentar a hipocretina de narcolépticos”, escrevemos na pág. 14. Ops! Confundimos as grafias. Aja, do verbo agir, e haja, do verbo haver, se pronunciam do mesmo jeitinho. Mas o significado não tem nada a ver um com o outro. No caso, agir pede passagem: Talvez algum medicamento que aja de forma […]
As palavras, como as pessoas, têm manias. Combinam. Brigam. Fazem exigências. Armam ciladas. Um verbo cheio de caprichos é acontecer. Elitista, ele tem poucos empregos. E quase nenhum amigo. Mas, por capricho do destino, os colunistas sociais o adotaram. A moda se espalhou como fogo morro acima ou água morro abaixo. O pobre virou praga. Tudo acontece. Até pessoas: Phillipe Coutinho está acontecendo na Seleção. […]
O verbo implicar tem três empregos. Em dois, ninguém tem dúvida. Na acepção de ter implicância, pede a preposição com: O diretor implicou com ele. Na de comprometer, envolver, é a vez do em: A secretária implicou o chefe no escândalo. A dúvida surge no significado de produzir como consequência. Aí, implicar implica e complica. O verbo parece, mas não é. No sentido de acarretar […]
“O composto ativo também está relacionado à prevenção do câncer devido a sua ação anti-inflamatória e ao poder antioxidante”, escrevemos na pág. 12. Nota 10. O prefixo anti- obedece à regra que abrange 90% dos prefixos. Pede hífen quando seguido de h ou de palavra que se inicie pela mesma letra com que ele acaba. Evita-se, assim, o encontro de duas letras iguais. No mais, […]
“Eu sempre quis servir o Exército”, escrevemos na pág. 4 de Diversão&Arte. Bobeamos. No sentido de prestar serviço militar, o verbo servir exige a preposição em (servir no Exército, servir na Marinha, servir na Aeronáutica). Melhor: Eu sempre quis servir no Exército.
Au-au. É o cão que late. Miau-miau. É o gato que mia. Glu-glu. É o peru que gluglujeia. Có-có. É a galinha que cacareja. Chuá-chuá. É a água que cai. Tique-taque. É o relógio que marca as horas. As palavras que reproduzem o som de vozes ou ruídos recebem nome pra lá de pomposo. É onomatopeia. O adjetivo dela derivado tem duas formas – onomatopeico, […]
Viagem e viajar soam como música. Substantivo e verbo convidam para o novo. É fazer a mala e cair no mundo. Mas um cuidado se impõe. O infinitivo do verbo se grafa com j. Todas as pessoas, tempos e modos respeitarão o paizão. Escrevem-se com j: viajo, viajas, viajei, viajarei, que eu viaje, nós viajemos, eles viajem. Marinheiro de poucas viagens, olho vivíssimo. Não confunda “que eles viajem” […]
Ufa! A Copa corre solta. Hoje o Brasil joga contra os gigantes sérvios. Dedos cruzados e pensamento positivo fazem a diferença. Mas a vida continua, o calendário voa. A meninada termina as provas. Prepara as malas para chegadas e partidas. Férias e viagem pedem banda de música e tapete vermelho. Com elas, duas dicas pra lá de bem-vindas. Uma trata de número. A outra, de grafia. Time […]
As aparências enganam. E como! Vale o exemplo de tal. As três letrinhas parecem inofensivas. Mas não são. Roubam pontos em concursos, adiam promoções, destroem amores. A razão: muitos ignoram que as danadinhas se flexionam. Concordam em número com o substantivo a que se referem: Que tal o filme? Que tais os filmes? Que tais as férias? Foi difícil escolher os novos óculos tais as ofertas de […]