Categoria: português
Não exagere, por favor. Beneficência tem dois is. Não a sobrecarregue com mais um. Ao escrever, lembre-se que, para a bondosa, um é pouco, dois é bom, três é demais: Beneficência Portuguesa, campanha beneficente.
Cuidado com a concordância quando o sujeito vem depois do verbo: Bastam algumas horas (algumas horas bastam), Bastam-me duas horas para concluir o trabalho (duas horas me bastam para concluir o trabalho). Seguido da preposição de, bastar é impessoal. Mantém-se na 3ª pessoa do singular: Basta de brigas. Basta de lamúrias. Basta de promessas.
Bastante pode ser adjetivo ou advérbio. Em outras palavras: ora se flexiona, ora se mantém invariável. Atenção às manhas da trissílaba arteira: Quando adjetivo, bastante modifica o substantivo e se flexiona em número: motivos bastantes, bastantes vezes, bastantes recursos. Quando advérbio, bastante é invariável: comer bastante, bastante caros, bastante tarde. Superdica: na dúvida, substitua bastante por muito. Se for adjetivo, o dissílabo se flexiona (motivos […]
A língua é das pessoas e para as pessoas. Como possuidor e destinatário são pra lá de interessantes, o mais fácil código de comunicação não poderia ser diferente. É cheio de curiosidades. Conta histórias, faz piadas, explica o inexplicável.Quer ver? Aprecie. Psiquê e Cupido Cupido e Psiquê se casaram. Antes, combinaram que ela nunca veria o rosto do deus do amor. Uma noite, a mulher […]
“A inspiração não avisa.”
Em dias de Copa, sobram jogadores pra lá de hábeis. São capazes de dar sucessivos toques na bola – com os pés, as coxas, os ombros ou a cabeça – sem que ela tenha contato com o chão. O espetáculo se chama embaixada. Mas o nome não tem nada a ver com representação diplomática, Itamaraty & cia. Tem a ver com a forma como se […]
O Brasil jogou um bolão na segunda. Acertou duas na rede mexicana e saiu de campo invicto. O Neymar, claro, fez seu teatro. Jogou-se no chão, gritou, gemeu e fez contorções com a agilidade de serpente. Convenceu? A cena, tantas vezes repetida, lembrou a fábula da ovelha e do lobo. Conhece? Uma ovelhinha adorava chamar a atenção. Um dia, gritou: “Olha o lobo! Ele quer […]
Na festa da bola, as cores entram em cartaz. Deixam de ser apenas cores. Tornam-se símbolos. Verde e amarelo é Brasil. Vermelho e verde, Portugal. Azul e amarelo, Colômbia. Azul, Uruguai. Dizem as más línguas que o Brasil tem mania de grandeza. Será? Pelo sim, pelo não, vale lembrar a grafia das cores que o representam. Há dois jeitinhos de escrevê-las. Um: verde-amarelo. O outro: […]
O verbo mais conjugado durante a Copa? É ele mesmo – assistir. Com ele todo o cuidado é pouco. Ao menor descuido, tornamos real o risco referido por Mário Quintana: “A gente pensa uma coisa, escreve outra, o leitor entende outra, e a coisa propriamente dita desconfia que não foi dita”. Melhor prevenir. Como? Usar o verbo com a regência adequada: Assistir = prestar assistência, […]
O livro sagrado dos muçulmanos aceita as duas grafias. O al, de Alcorão, é o artigo definido árabe. Ele aparece na maior parte dos vocábulos que nasceram nas Arábias e viajaram mundo afora. É o caso de algodão, alface, alfafa, alfaiate, almofada, almeirão, almirante, álcool, alfinete, algarismo, álgebra, algazarra. E tantas outras.