Categoria: português
“Socooooooooooooooooooooooooorro!”, gritam vestibulandos e concurseiros de Europa, França e Bahia. O motivo: perdem pontos a rodo num tal item chamado coesão. Eles procuram o assunto nas gramáticas. Não encontram. Celsos Cunhas, Becharas, Cegallas não dedicam nenhum capítulo ao tema. Por quê? A razão é simples. Coesão está presente na morfologia, na sintaxe, nas figuras de linguagem. Ao estudar substantivos, verbos, pronomes, conjunções, preposições, coordenação, subordinação, […]
Todo mundo é todos. Todo o mundo é o mundo inteiro: Falei com todo mundo, mas ninguém me deu atenção. Quer conhecer todo o mundo. Nem todo mundo conhece todo o mundo.
O ministro Guedes foi à Câmara vender a reforma da Previdência. No embate com parlamentares, perdeu a paciência. Pintou, então, acalorado bate-boca. Repórteres, ao falar no assunto, tropeçaram em dúvida linguística. Qual o plural da duplinha? Bate-boca é formado de verbo + substantivo. Só o nome se flexiona: bate-bocas, bate-bolas, bate-coxas, bate-papos, lança-perfumes, guarda-roupas, salva-vidas.
O vocativo não faz parte dos termos essenciais, integrantes ou acessórios. Por isso vem sempre – sempre mesmo – separado por vírgula: Deus, ó Deus, onde estás que não me escutas? Alô, Sílvio, tudo bem? Entre, Maria, que vai chover. O que é A palavra vocativo vem do latim vocare (chamar). Pertence à família de vocação (chamamento da alma). Seguir a vocação é atender a […]
“A ministra Teresa Cristina intermedia o mal-estar criado no mundo árabe depois da visita do presidente a Israel”, disse o repórter. Bobeou. Intermediar deriva de família pra lá de traiçoeira. O pai é mediar, que pertence à gangue do MARIO. Conhece? O nome da turma barra pesada se formou com a letra inicial de cada membro — mediar, ansiar, remediar, incendiar e odiar. Todos se […]
“Bolsonaro repete que nazismo é de esquerda no Museu do Holocausto”, escreveu O Globo em chamada de capa. Leitores ficaram com a pulga atrás da orelha. O nazismo só seria de esquerda no Museu do Holocausto? Não. Mas o texto diz que sim. Qual o problema? A colocação do termo “no Museu do Holocausto”. Pra acabar com a ambiguidade, ele tem de ser separado. Há […]
Se a referência obedecer à ordem crescente (do menor para o maior), não use vírgula. Caso contrário, sim: Inciso II do parágrafo 2º do artigo 5º da Constituição Federal. Constituição Federal, art. 5º, parágrafo 2º, inciso II. Sem mistura Escolha a ordem de sua preferência. Mas misturar é proibido. Siga do começo ao fim a crescente ou a decrescente. Data Ponha a data do texto […]
Sabia? A indicação do CEP, da caixa postal e do número do telefone não é seguida de vírgula ou outro sinal de pontuação: CEP 70710-500; Caixa Postal 134; Fone 316-2094.
O dia começa à 0h e termina às 24h. A madrugada se estende da 0h às 4h. A manhã, das 5h às 12h. A tarde, das 12h às 18h. A noite, das 18h às 24h. Quando usar 0h e 24h? Guarde isto: 24h é o fim de um dia; 0h, o começo de outro.
A gráfica que imprime com método seguro as provas do Enem decretou a autofalência. Resultado: trouxe ao noticiário o verbo falir. Falir é defectivo. Só se conjuga nas formas em que não se confunde com falar. São aquelas em que aparece o i depois do l. No presente do indicativo, apenas o nós e o vós têm vez (falimos, falis). O presente do subjuntivo não […]