Categoria: português
“Mãe é mãe. Genitora é a tua. Progenitora é a vó”.
Bem-vindo se escreve assim, com hífen.
Muita gente pronuncia o à como se fossem dois aa (vou a a praia). Uiiiiiiiiiiiiiii! São manhas da escola antiga. No ditado, os professores diziam aa para os alunos se darem conta da crase. Era um truque. Virou vício. Fuja dele.
O Palácio do Planalto virou a casa da mãe joana. É uma brigalhada sem fim. Dois grupos se digladiam. De um lado, os militares. De outro, os seguidores de Olavo de Carvalho. Bolsonaro, no meio da confusão, põe panos quentes na disputa: “Não existe grupo de militares nem de Olavos”, disse conciliador. Acertou no diagnóstico? Talvez. Mas tirou nota 10 na língua. Os nomes próprios […]
Em português, as maiúsculas não gozam de privilégios. Recebem o mesmo tratamento das minúsculas. Sempre que necessário, devem ser acentuadas (África, Íris, Índia). Pressupõe-se que os cartórios saibam disso. Por isso, se na certidão de alguém não aparecer o acento, respeite o registro. É lei. Como no jogo do bicho, vale o que está escrito.
“Chato: sujeito que envolve uma ideia de dois minutos num palavreado de duas horas.”
A situação está feia. A economia não cresce. A indústria anda pra trás. O desemprego engorda. Preocupado, Bolsonaro pôs a boca no trombone. Alto e bom som, apoiou a reforma da Previdência. Ao falar no assunto, disse: “Não temos outra alternativa”. Bobeou. Em tempo de vacas magras, desperdiçar é proibido. A alternativa se escolhe entre duas opções. Por isso, não vale dizer “outra” alternativa e […]
“Seu ódio não é bem-vindo, diz prefeito de Nova York à Bolsonaro”, escreveu o Correio. Ops! Que tombo! O jornal tropeçou na crase. Como indica o casamento de dois aa, o acento grave não tem vez antes de nome masculino. A razão é simples como andar pra frente. O artigo que acompanha o machão é o.
A gente entrega a correspondência em mão. Em mãos? Antes, só o singular tinha vez. Aí, veio o Dicionário Houaiss, que aceita o plural. Mas cá entre nós. O singular é mais lógico, não?
Ibero-americano? Íbero-americano? Ibero é paroxítono. A sílaba be fala mais alto que as outras. Dizer íbero? Nem pensar. Pega mal como jogar papel na rua, arrotar à mesa, dirigir acima da velocidade permitida.