Categoria: português
Dizem que, no Japão, o único profissional que não precisa se curvar diante do imperador é o professor. A razão: numa terra onde não há professor, não pode haver imperador. Verdade? Não. Naquele país distante e cheio de rituais, todos se curvam diante do imperador. Mas o único diante do qual Sua Majestade faz leve reverência é o mestre.
“Um livro pode ser nosso sem nos pertencer. Só um livro lido nos pertence realmente.”
Quem nasce em Pequim é pequinês. Em Londres, londrino. Em Brasília, brasiliense. E em Tóquio? Ops! O português não tem um gentílico para a capital japonesa. O jeito é dar um jeito. Dizer: o natural de Tóquio, o morador de Tóquio, originário de Tóquio.
O Brasil abriu as portas para a imigração japonesa. Homens e mulheres atravessaram oceanos e aqui chegaram. Contribuíram com tecnologia, trabalho, gastronomia e…palavras. Nosso léxico se enriqueceu com os vocábulos de olhinhos puxados. Eis alguns: quimomo, judô, caratê, aiquidô, caraoquê, gueixa, saquê, sumô, nissei, sushi, sashimi, shoyu, origámi.
Atenção à diferença: O avião pousou no aeroporto japonês. Bolsonaro posou para fotos. pousou n
O presidente vai passar 15 dias na Ásia. Depois, voltará para esta alegre Pindorama. Daí a importância da regência. Em tempos bicudos, o erro na preposição pode ter consequências indesejáveis. Por isso, olho vivo: ir a = ir por pouco tempo. A volta é rapidinha: Foi ao cinema. Vamos ao clube. Iremos ao shopping amanhã. Vai a São Paulo consultar o médico. Vamos a Nova […]
Bolsonaro bateu asas e voou. Foi à Ásia. A viagem é notícia. Jornais, rádios e tevês anunciam o fato. Aí, não dá outra. Muitos tropeçam na regência do verbo chegar. Esquecem que a gente chega a algum lugar: Bolsonaro chegou ao Japão. O petróleo chegou à Bahia. O ministro chega hoje a Brasília. O avião chegará ao aeroporto de Campinas com atraso. Atenção Chegada joga […]
Moda pra que te quero? Pra usar e deixar pra lá. A própria palavra diz isso. A danadinha significa uso passageiro. Vem do francês mode, que quer dizer hábito, uso efêmero. Pode se referir à forma de vestir, calçar, pentear ou enfeitar-se. Numa estação, a moda é saia curta. Na outra, longa. Depois, nem curta nem longa. E as cores? Ora o vermelho ocupa todas […]
As grandes navegações escancararam as portas do mundo. Oba! Os homens começaram a viajar mar afora. Conheceram outros povos, que falavam outras línguas, que se misturavam às dos forasteiros. Ao voltar, os viajantes carregavam novas palavras na bagagem. Tinham, também, deixado vocábulos por onde passaram. Assim, os estrangeirismos foram ganhando nacionalidades locais.
A moda está na moda. São Paulo Fashion Week ocupou a semana. No mundo das passarelas, fala-se o inglês. Aqui e ali, o francês. Top models exibem o glamour de tecidos high-tech e o charme de grifes nacionais e internacionais. O look dos cabelos mudou. A escova obsessiva está out. O in são os cachos. O pink impera. Brindes causam frisson. Estrangeirismos As línguas adoram […]