Categoria: Geral
A palavra mais falada? É ela, eleição. Depois da Copa, a trissílaba virou celebridade. Está no rádio, na tevê, na internet, na boca do povo, de repórteres e comentaristas. Candidatos, eleitores, marqueteiros & cia. democrática acompanham a campanha e as pesquisas. Mas, ao falar em números e índices, ops! Muitos tropeçam em outra vedete do momento. É a percentagem. Grafia, concordância e colocação despertam dúvidas. Vamos […]
De liberdades… Percentagem ou porcentagem? Tanto faz. A primeira forma se inspirou no inglês. Na língua de Sua Majestade, os súditos dizem percentage, filhote de per cent. A segunda vem da terrinha. Em Pindorama, dizemos por cento. Daí porcentagem. Percentual ou porcentual? Você escolhe. Mas vale a coerência. Se preferir percentagem, olhe com simpatia para percentual. Se se sentir inclinado por porcentagem, arraste as asas […]
…libertinagens A concordância de percentagem incendeia a cuca da moçada. Estudantes, concursandos, redatores, jornalistas, funcionários públicos, profissionais liberais, todos tremem nas bases diante de construções como esta: 30% da população vive (ou vivem?) com um salário mínimo mensal. Generosa, a língua aceita as duas possibilidades. E justifica: o plural concorda com o número (30). O singular, com a expressão que vem depois do numeral (população). […]
…e três regras 1. A língua é um serzinho arteiro. Versátil, muda de forma e de lugar. Às vezes, o verbo vem antes do número. Aí, concorda com o número: Talvez consiga promoção 1% dos funcionários. Na eleição, renovaram-se 43% dos deputados. Perderam-se 20% da safra de grãos. 2. Cuidado! Não caia em armadilhas. Se só existe o número, o verbo não tem saída. Acerta-se com ele: Os […]
“…manutenção dos avanços sócioeconômicos brasileiros”, escrevemos na pág. 2. Ops! Dois acentos gráficos em uma palavra? O português rejeita. Agudos e cincunflexos só têm vez na sílaba tônica. A fortona é uma só. Melhor: … manutenção dos avanços socioeconômicos brasileiros.
Adoro vasculhar a intimidade das palavras. Na pesquisa, descobri que o léxico português tem palavras de origem tupi, latina, grega, francesa, inglesa, alemã, espanhola, árabe e tantas outras. Minha dúvida: o japonês também frequenta nosso dicionário? (Carlinhos Melo) Claro que sim. Eis contribuições de olhinhos puxados: bonsai, do-in, gaijin, gueixa, haicai, jiu-jítsu, judô, camicase, caraoquê, caratê, carateca, quimono, ninja, saquê, samurai, sashimi, sushi, tatame, zen.
Uma letra faz a diferença. O governador eleito posa. O avião pousa.
Começou a premiação mais cobiçada de Europa, França e Bahia. Qual é? É o Nobel. Ao se referir a ele, bobear é proibido. Pronuncie Nobel como Mabel e papel. A sílaba fortona é a última.