Categoria: Geral
Os parênteses são as grandes vítimas da escola. “Errou e não pode apagar?”, perguntam os professores. “Ponha entre parênteses.” Os pobres alunos aprendem a lição. E repetem-na ao longo da vida. Resultado: dão informações falsas, matam promoções, perdem pontos em concurso. Mas não há bem que sempre dure nem mal que nunca se acabe. Vale mudar o enredo. Ao usar os parênteses, você dá um recado: a […]
“Escrevo para não passar pela vida em brancas nuvens.”
Entre as propostas em discussão, estão a blindagem contra cassação, a criação do Fundo da Dívida Ativa e a lei de uso e ocupação do solo”, escrevemos na pág. 20. Viu? Bobeamos no emprego das maiúsculas. Lei que tem nome ou número ganha pedigree. Grafa-se com a inicial grandona. Assim: Lei 5.397, Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei de Falências, Lei de Responsabilidade Fiscal. […]
Quem não tem dúvidas bateu ponto final. Os leitores sabem disso. Sem constrangimento, telefonam, mandam cartas, escrevem e-mails. As consultas são pra lá de bem-vindas. Além de sugerir assunto pro blogue, desatam nós que enrascam os miolos de mineiros, candangos, pernambucanos & cia. curiosa. Quer ver? Mais do mesmo É sempre errado recorrer a pleonasmo ou há alguma situação em que essa figura de […]
Sem falar bonito Já ouvi, até em telejornais, a expressão “adquirir uma dívida”. Se a moda pega, pode até aparecer “adquirir” uma doença. Que tal? (Rômulo Alvarenga) Ops! É questão de propriedade vocabular. Dependendo do contexto, a gente contrai dívidas. Ou faz dívidas. Ou se endivida. Às vezes, negocia dívidas. Ou troca dívidas.
“Humorismo é a arte de fazer cócegas no raciocínio dos outros.”
“Irmãos do ministro da Agricultura estão na lista de suspeitos, que envolve políticos, empresários, produtores e até pistoleiros”, escrevemos na pág. 2. Vamos combinar? A lista não envolve, mas inclui ou relaciona. Melhor: … lista de suspeitos, que inclui políticos, empresários, produtores e até pistoleiros.
Tenho dúvida em relação ao verbo concluir. É correto afirmar, por exemplo, que o Ministério Público concluiu “pela” ou “por” alguma coisa? (Lilian Haas, BH) Regência, Lílian, é calo nos dois pés. Na dúvida, é melhor recorrer ao paizão. O dicionário de verbos e regimes, de Francisco Fernandes (o melhor que temos), dá nota 10 para concluir por (pelo, pela), que significa convencer-se de: Gonçalo […]