Eduardo mata a charada

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    Inácio Navarro, de Brasília, escreve: “Me surpreendi com o título na página 30 do caderno de economia do CB de hoje, 23/10. Ao ler “Crédito para famílias em queda”, fiquei matutando qual o perfil das famílias que estariam em queda. Preocupado, analisei a situação da minha própria e, felizmente, cheguei à conclusão de que a minha não está em queda. Matutando mais ainda, […]

Erramos

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    A leitora Luciana Pereira escreve: “Que bobeada feia do jornal hoje. E no nobre subtítulo da pág. 2: “Senadores preferem ocupar postos de confiança do que substituí-los por servidores”. Ora, quem prefere prefere uma coisa a outra, não do que outra. Respeitada a regência, teríamos esta construção: Senadores preferem ocupar postos de confiança a substituí-los por servidores”.

Clássicos brasileiros em quadrinhos

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  Que tal ler, em quadrinhos, Machado de Assis, Augusto dos Anjos, Olavo Bilac, Lima Barreto e outros cobras da literatura brasileira? Agora é possível. A Difusão Cultural do Livro lançou a obra Domínio público. Os textos são adaptados para a nova linguagem. O ponto alto são os mestres do traço. Entre eles, Kleber Sales, responsável pelo conto “A cartomante”, do grande Machado.

carta

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Olá Dad, adorei o artigo publicado hoje na pg. 26, no caderno Cidades, sobre os erros no bilhete do sindicato dos professores. Muito engraçado, se não fosse trágico.Temos sempre que prestar atenção no que escrevemos. “O autor pensa uma coisa, escreve outra, o leitor entende outra e a coisa propriamente dita desconfia que não foi dita”, diz seu artigo.Pois bem, ao virar as páginas do […]

Coisa velha

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    Saiu no jornal “mutilados da cana vão a aula”. Cadê a crase? O redator bobeou. Esqueceu velho macete, mais antigo que o rascunho da Bíblia: substituir a palavra feminina por uma masculina. Se der ao, sinal de acentinho. Caso contrário, nada feito.   Mutilados da cana vão a aula.   Com crase? Sem crase? Vamos ao macete: Mutilados da cana vão ao campo […]

Ruir

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    Ops! Ventos e temporais pôem abaixo casas e prédios. Na tragédia, morre gente. Alguns se ferem. Quem mais se machuca é a língua. Culpa do verbo ruir. A tragédia pega os repórteres de surpresa. No aperto, os espertos saem pela tangente. Recorrem a sinônimos — cair, desabar e  esmoronar.   Os mais lentos confundem-se. Tropeçam. É o caso de gente que diz “talvez outro prédio […]

Vedetismo

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    A chuva chegou. Com ela, raios e trovoadas. O pára-raios, então, entra em cartaz. Pára-raios joga no time de párachoque, pára-brisa e pára-quedas. A equipe tem dois pontos em comum. O primeiro: o hífen. O outro: a família. Todos se formam com o verbo parar. Na 3ª pessoa do singular do presente do Indicativo (ele pára), o acento é obrigatório. Por quê? Parar é […]

Dois Brasis ao vivo e em cores

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    DAD SQUARISI /// dad.squarisi@@correioweb.com.br   O drama de Santo André mostrou dois Brasis ao vivo e em cores. Jovens pobres viviam a vida pobre em ambiente pobre. O seqüestro, amplamente explorado pela tevê, os tornou personagens nacionais. Depois de 110 horas de exposição e negociações infrutíferas, a polícia invadiu o apartamento. Eloá morreu, Nayara saiu ferida, Lindemberg foi pra prisão. Os pais da […]

Erramos

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    “Segundo o general Figueiredo, Gabeira fez apenas uma visita de cortesia aos militares, o que será repetido por seu adversário, Eduardo Paes”, escrevemos na pág. 5. Ops! Olha a ambigüidade do seu. O danado permite dupla leitura — o adversário pode ser de Gabeira ou do general. Melhor: Segundo o general Figueiredo, Gabeira fez apenas uma visita de cortesia aos militares, o que […]